Pedro
senta na cama diante da mãe que se aproxima do seu lado.
-
Eu e seu pai estamos percebendo uma súbita mudança em você, mas não se
preocupe: não estamos insatisfeitos com isso, ao contrário, estamos felizes porque
a gente nota que essa mudança está lhe fazendo bem.
-
Mãe, por que essa conversa agora? Vá direto ao ponto, sem rodeios! – Diz Pedro,
deixando Gisele surpresa.
-
Você me conhece tão bem, né meu filho?
-
Muito mais que imagina. – Diz ele, sorrindo.
-
Sem graça! Você é um bobo. Mas tudo bem, vamos direto ao assunto então!
-
Diga! O que a senhora quer saber de mim afinal?
-
Quem é essa garota que você se aproximou bastante?
-
Imaginei que a senhora iria me perguntar isso.
-
Estamos preocupados com você, meu filho! Não sabemos quem é essa garota e nem
de onde ela veio.
-
Gabi é uma nova amiga que eu conheci. A gente anda conversando bastante
ultimamente e temos uma sintonia um com o outro. Embora, ela seja mais teimosa
que eu.
- Filho, você está apaixonado por ela? – Pergunta Gisele, séria deixando-o mais sério ainda.
Mirtes
conversa por telefone com uma amiga e as duas comentam sobre Valentim.
-
Eu acho que você devia investir nele. Ele é um homem desimpedido e você se dá
muito bem com a filha dele. – Aconselha Anastácia.
-
Eu não sei, amiga. Valentim é um homem muito interessante, mas sinto que ele
ainda não esqueceu da Lavínia. Tenho receio.
-
Deixa de bobagem. Chega nele e declare-se! Diga o que sente pra esse homem
antes que seja tarde demais.
-
Como assim, amiga? Ficou doida?
-
Eu, doida? Jamais! – Diz ela sorrindo. – Um homem como Valentim é raro. Mirtes,
cate esse homem e seja feliz com ele e a filha.
-
As coisas não são assim tão fáceis.
-
Se fosse comigo, eu não dificultaria e tornaria tudo mais simples. Amiga, vou
desligar aqui que eu preciso terminar de fazer algo na cozinha. Beijos!
-
Tá bom! Vai lá. Beijos, doida! – Diz Mirtes, sorrindo e desligando.
Assim
que coloca o telefone na base, Anastácia chama o marido Arthur, mas ele
responde no quarto que já vai atende-la.
-
A comida vai esfriar meu amor!
Do
quarto, Arthur está em uma ligação que parece ser importante.
-
Mas vai dar certo. Te garanto! Eu nunca falho.
-
Arthur, não acha que está na hora de você contar pra sua esposa o que anda
fazendo nos fins de semana?
-
Negativo! Minha mulher não vai saber nunca.
-
Você está brincando com fogo.
-
Eu faço isso por necessidade. Quanto menos souberem, melhor pra mim! – Diz Arthur,
confiante.
Pedro
decide desconversar, mas Gisele pega em seu braço.
-
Eu não lhe julgo se está gostando dessa garota. Só estamos preocupados.
-
Mãe, eu não sou mais criança. Se tenho interesse ou não nela, acho que isso só
desrespeita a mim né?
Gisele
fica em silêncio por alguns instantes.
-
Me desculpa! Eu não quis te magoar.
-
Por que estão preocupados comigo tanto assim?
-
Tudo bem, meu filho. Você tem razão. Acho que a gente anda subestimando muito
você e esquecemos que você cresceu e tem suas próprias responsabilidades.
-
Relaxa, mãe! Eu amo muito vocês e se realmente acontecer de eu sentir algo por
alguém e quiser assumir isso, eu vou conversar com vocês de boa.
Gisele
abraça Pedro fortemente e acariciando seus cabelos, lhe dá um beijo no rosto.
Anastácia
ouve batidas na porta e decide atender quando se depara com um vizinho à sua
espera.
-
Oi! Tudo bem? – Ela o cumprimenta.
-
Oi, Anastácia! O Arthur está aí? Preciso falar com ele!
-
Só um momento. – Ela decide chama-lo. – Amor, tem gente te chamando aqui. Desce
aí rapidinho!
-
Obrigado! – Diz o vizinho, grato.
Alguns
minutos depois, Arthur chega e o vizinho comenta.
-
Estou precisando de uma forcinha sua. Será que pode me ajudar?
-
Posso sim. O que se trata? - Pergunta Arthur, curioso.
-
É que está tendo mudanças na casa ao lado da minha e preciso de uma pessoa pra
me ajudar a levar a geladeira. Ela é bem pesada.
Ao
ouvir aquilo, Anastácia interfere:
-
O senhor procurou a pessoa certa. O meu marido pode ajudar sim. Ele é forte
como um touro.
-
Amor, não exagera! – Diz Arthur, ficando sem graça.
-
Ah para com isso! Senhor, olha os músculos dele. Meu marido faz flexões,
abdominais, academia quase todo dia...
-
Amor, deixa isso pra lá! – Interfere Arthur, um pouco vermelho.
-
Já que o seu marido é saradão, então ele vai conseguir ajudar bastante. – Diz o
vizinho.
-
Bora lá! Onde está essa geladeira? – Pergunta Arthur, decidido ignorando a mulher.
Assim
que o vizinho sai, ele o segue em seguida.
Grace
atende a porta e fica feliz ao ver Júlia. As duas se abraçam fortemente. Entre
cumprimentos e boas risadas, as amigas fazem uma pausa para um café.
-
Já esteve na casa da Gisele? – Pergunta Grace.
-
Ainda não, mas devo passar na casa dela mais tarde.
-
E como está o Pablo?
-
Estamos bem. Amiga, eu sinto muitas saudades de vocês sabia.
-
Eu também sinto. A gente viveu tantos momentos incríveis no passado. Hoje em
dia, cada um se afastou, teve sua vida.
-
Mas a nossa amizade continua prevalecendo sempre, viu.
-
Eu sei. Eu e o Murilo também estamos bem. Até pensamos em viajar para Altinópolis
qualquer hora desses.
-
Isso aí, Grace! Fico feliz que você está bem com o Murilo. E a gravidez?
-
De vez em quando, sinto algumas pontadas. Meu filho já quer nascer logo. – Diz ela
sorrindo.
-
O paizão deve estar todo bobo.
-
Ele tem me mimado bastante. Mas me conta: o Pablo ainda está trabalhando na
polícia?
-
E ele larga essa profissão por acaso? Já conversamos mais de mil vezes sobre
isso. Amiga, eu fico preocupada. Pablo se arrisca muito.
-
Ele gosta também dessa área. Foi através dele, que aquela bandida da Maria foi
presa.
-
Nem lembre desse fato, Grace! Aquela história rendeu muito e ainda mais
envolvendo o nosso querido Zeca.
-
Zeca errou muito ao se envolver com a Maria, mas fazer o que né? Foi uma escolha
errada, que lhe custou a vida. Sinto saudades dele.
-
As coisas acontecem do jeito que tem que ser. Você viu como aconteceu a minha
aproximação com o Pablo?
-
Pois é, amiga. Ele praticamente te salvou de um possível estupro.
-
Caramba! Eu tive tanto medo naquele dia que você nem imagina, Grace. Passei por
um sufoco.
“-
Fica calada ok! Se você colaborar com a gente, estará tudo certo! -Ele fala em
seus ouvidos, e ela joga as compras no chão nervosa.
-
O que vamos fazer com ela? -Pergunta um dos amigos que acompanhava a gangue.
-
Que tal brincarmos um pouco com essa gatinha? O que acham?
Todos
riem e fazem sinal de concordância.
-
Por favor, me deixa em paz! Levem tudo o que tenho, mas me deixa em paz. -Ela
suplica.
-
A gente vai deixar você em paz sim, mas antes vamos brincar um pouco pra
descontrair o clima. Relaxa! -Diz ele, desabotoando sua blusa e a colocando
contra a parede, prendendo seu braço fortemente para que não tivesse chance de
escapatória.
Júlia
se sente perdida no meio daqueles rapazes e as lágrimas escorrem pela face
afora.
De
repente, um rapaz desconhecido a encontra naquela situação e atrapalha a
tentativa de estupro.
-
Larga ela agora!...”
Grace
sente que o momento era de abraçar a amiga e toma a iniciativa.
-
Eu também passei por um sufoco. Claro, que não se mede à situação que enfrentara,
mas fique sabendo que não foi a única.
-
Ah Grace, a gente passou por coisas tão chatas que parecem nos marcar pra
sempre. A sua suposta morte no passado deixou todo mundo chocado.
-
Por causa disso, eu quase perdi o amor da minha vida. – Comenta Grace.
“- Eu estava
doida pra chegar aqui e te ver. - Ela balbuciava aquelas palavras sem perceber
o que estava falando, pois estava impressionada demais.
-Valeu a
pena pra você? - Perguntou ele levando a mão ao rosto delicado dela.
- Sim.
Apesar de tudo, o que ficou pra trás ficou.
De agora em
diante eu quero ficar perto de você.
- Finalmente
nos conhecemos Grace e a partir de hoje, você vai ser feliz comigo...”
As cenas passam pela sua
mente como flashes.
“- O que é
que ta acontecendo cara? O que é que você vai fazer? Esse barco ta pegando
fogo!!!
- Eu vou
tentar dar um jeito na situação. - Diz ele, mas ela continuava nervosa...”
A explosão do iate
atordoava sua cabeça.
- Me lembro como se fosse
ontem, Júlia. Aquele iate explodindo e eu caindo ao mar. Achei que iria morrer.
- Mas você sobreviveu,
Grace! Tem um marido que te ama e agora, vai ter um filho.
- Se eu pudesse voltar ao passado, eu jamais teria ido naquele encontro. Me arrependi profundamente. Graças à aquele homem simples, eu consegui me salvar. – Ela conta, lembrando do pescador.
Gabi caminha devagar por
uma estrada deserta e se sente perdida por estar ali naquele cenário
desconhecido. Não consegue ver nenhuma outra pessoa ali naquela estrada que
parecia longa e interminável. Ela sente um arrepio em seus braços e sente
alguém se aproximar dela. Ao se virar de costas, ela vê a mãe observando.
- Mãe, a senhora também
está aqui! Onde estamos?
- Filha, você precisa
focar no seu objetivo.
- Do que está falando, mãe?
- Não deixe ninguém
atrapalhar teus planos.
- Mãe, eu sinto sua falta.
Por que me deixou?
- Eu admito que fui uma
mãe ausente pra você, mas eu tive motivos pessoais que um dia você vai entender.
- Eu sei o que a senhora
fez no passado, mas mesmo assim lhe amo muito. – Diz ela, com lágrimas nos
olhos.
- Por causa do seu pai
que eu me separei de você. Seu pai me matou! Ele acabou com a minha vida e você
precisa acabar com a vida dele.
Nesse momento, Gabi se
acorda toda assustada na cama e fica pensativa.
Wallace troca mensagens
com Sônia, escondido de Doroth como sempre, mas um dia a falha acontece.
Wallace esquece do
celular em cima da mesa da cozinha e sai apressado pra trabalhar. A mulher
organiza a cozinha quando se depara com o celular do marido.
“Wallace só não esquece a
cabeça porque está grudado”.
De repente, uma notificação
no whatsapp chega na tela e Doroth fica perplexa quando lê.
“Mas que merda é essa? Soninha chamando meu marido de tesudo.”
Ampliando Ideias. Mergulhe nesse mar de emoções!
Comentários
Postar um comentário
Deixe o seu feedback sobre o que ando postando regularmente!