Hoje pra mim é como se fosse um dia qualquer. Sei que deve ter casais comemorando, se presenteando, saindo pra jantar, se amando enfim mas eu mesmo estou preferindo ficar na minha, acompanhado do meu edredom, do meu café, do meu celular e na companhia de um filme bacana pra assistir. Passar o dia dos namorados neste ano, admito é chato, porque não ter a companhia da pessoa te traz uma sensação estranha um pouco. A gente se acostuma quando estamos juntos com alguém, a ficar sempre dormindo juntos, um brincando com o outro, jogando conversa fora, e até mesmo, discutindo por coisas tão bobas às vezes.
Mas esse distanciamento está me ensinando à lidar comigo mesmo, como se me dissesse "Você tem que aprender à viver um pouco só, sem ter a dependência de uma pessoa", mesmo que isso pareça tão difícil para uma pessoa que se acostumou à estar na companhia de outra.
A carência fala mais alto, se deixar de manter o foco. Na verdade, é impossível também não sentir isso. Eu posso assistir pelo menos algumas horas de televisão, focar no meu trabalho, pegar um livro pra ler... mas vai ter dias que aquela saudade vai apertar e as lembranças vão chegar devagar, devagar e aí, já estou ali pensando em você, sentindo vontade de estar contigo, lhe desejando comigo, querendo provar teu beijo, teu abraço... Não é fácil!
Momentos inesquecíveis que nunca serão apagados de minha mente foi quando a gente trocou o nosso primeiro beijo, pegamos na mão um do outro, nos entregamos ao doce desejo do prazer, entre muitos outros que espero nunca esquecer, mas me lembrar sempre por toda a minha vida. E quando vejo alguém comprando flores, lembro do dia que eu também comprava e ficava escrevendo um cartão com palavras bonitas só pra tentar chamar a sua atenção, quando te entregava. E sem falar das horas que eu passava no telefone, tentando pedir uma música na rádio pra lhe oferecer, só pra poder ter aquela sensação de felicidade quando você ouvisse a canção e principalmente, que ouvisse pelo locutor que seria eu o rapaz, que ofereci. Também lembro das horas que eu passava, tentando lhe escrever uma carta e que ficava pensando no que escrever. Tinha tantos rascunhos que você nem imagina. E na hora de escolher um presente, aí a dificuldade tinha que ser superada. Eu ficava observando as vitrines pra ver se havia alguma roupa que pudesse combinar contigo, algum acessório, algum urso de pelúcia fofo que você iria gostar se recebesse... Recordar desses e de muitos outros momentos, me faz pensar no qual eu sentia tanto carinho por você e isso me alegra bastante. O amor nos faz bobo por um tempo, mas nos ensina também. Por amor, a gente abre mão de certas coisas. Por amor, a gente se assume. O amor faz a gente se iludir, mas ao mesmo tempo nos desafia. Quando começa tudo é sonho, mas quando termina fica no esquecimento, embora leve um certo tempo para ser esquecido.
Mas eu confesso que nunca lhe esqueci, nem decidi terminar. Estou diante de um filme chato, de um café morno e de um edredom aconchegante e pensando como seria bom se você tivesse comigo aqui e agora. Quando recebo uma mensagem sua, ainda abro aquele sorrisão. Quando ouço nossa música tocar, eu fico sonhando que nem um bobo apaixonado. Sei lá, estou sentindo sua falta de um jeito que eu não imaginava. Queria poder aprender a conviver sem você, mas as coisas não são fáceis assim.
Tudo ainda me lembra você nesta casa. Até aquele porta retrato que tinha sua foto comigo. E a saudade só passa, quando eu te vejo por vídeo chamada. Incrível, né?
FELIZ DIA DOS NAMORADOS!
