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Ezequiel e Keyla aguardam na sala de
espera quando a enfermeira traz a notícia maravilhosa.
- O seu neto acabou de nascer, senhor
Ezequiel!
- Deus seja louvado! -Ele agradece,
contente.
Keyla dá pulos de alegria.
Ezequiel telefona pra Téofilo e comunica o
nascimento do neto, deixando todos felizes do outro lado da linha.
No quarto do hospital, a enfermeira entrega o
bebê à Kathleen que ainda se sente emocionada.
- Aqui está ele! -Ela o envolve num
lençol branco e põe nos braços da jovem, que se emociona.
- Meu filho! Como ele é bonito, perfeito!
- Ele tem sorte em ter uma mãe corajosa e
forte como você. - Diz a cirurgiã ao lado, contente ao vê-la.
- Filho, eu prometo que
vou cuidar muito bem de você. -Diz Kathleen, feliz da vida.
Nesse ínterim, o telefone toca e D.
Lurdes atende gentilmente.
- Alô, mãe! -Diz Fábio do outro lado da
linha.
- Filho, quanta saudade! Como você está?
- Bem, mãe. E a senhora?
- Também, meu filho. Onde você está?
- Estou ainda em Alagoas, mãe.
- Você não mandou nenhuma notícia. Me
deixou preocupada.
- Desculpe por não ter ligado antes. -Ele
pede.
- Você é louco, filho. Você foi
totalmente irresponsável pela situação de Kathleen.
- Mãe, a senhora sabe que eu não queria
esse filho.
- É claro que eu sei oras, mas você devia
pelo menos assumir a responsabilidade, né?
- Desculpa por ter deixado a senhora em
maus lençóis com Ezequiel.
- Você devia ter evitado isso, filho. Mas
eu não vou discutir mais esse assunto.
- Como a Kathleen está?
- Bem. Ela está no hospital agora e
segundo me contaram agora há pouco, seu filho acabou de nascer.
- Que bom, mãe! Desejo sorte pra ela.
- Por que você não toma juízo agora e vem
pra cá, pelo menos conhecer o seu filho.
- Acho que não seria uma atitude legal,
mãe. Ezequiel está irado comigo.
- Ele não vai fazer nada contra você, meu
filho. Ele só quer que você assuma o que fez. Apenas isso.
- Eu vou pensar, mãe. Eu vou ter que
desligar agora. tenho uma festa
pra ir.
- Filho, não esqueça de sua mãe! Pense no que eu
te disse e vê se resolve logo esse pepino, que já estou farta dessa história.
- Tudo bem. Até! -Ele desliga. - E então vai
rolar a festa mesmo na piscina? - Ele pergunta a um dos amigos que bebem
cerveja e zoam na praia.
- Vai rolar sim e vai ter várias gatas!
- Tô dentro hein? Não esquece de me levar não. -Diz
ele, sem sem preocupar com nada.
Um tempo se passa...
Na pequena cidade de São Lourenço - MG,
Ezequiel traz as compras e encontra Vinícius chorando nos braços da mãe.
- Pai, ele está chorando muito. O que
faço?
- Eu sei que é difícil, filha, mas você
deve ser forte e preparada pra tudo o que vier.
- Se ao menos aquele traste estivesse
aqui pra me ajudar. -Diz ela às lágrimas. - Filho, fica quieto! O que você
quer, oras?
- Esqueça aquele safado, Kathleen! Ele
jamais vai te procurar. Tente entender que ele não quer ser o pai dessa
criança.
- Eu sei, pai, mas o meu filho não sabe.
- Por isso que eu acho melhor esquecer
que ele existiu em sua vida. Por mim, o meu neto não vai conhecê-lo.
- Pai, ele tem direitos. Eu não posso
negar que ele o veja. Sei que é chato, mas ele tem esse direito. Eu sei disso
por que conheço uma amiga que também passou por isso.
- Esse problema já é seu, filha. Só não
esqueça o que você está passando por causa dele. -Diz Ezequiel, saindo da
cozinha.
Kathleen olha para o bebê e reflete
sozinha.
- O que eu faço meu Deus?
E Vinícius não pára de chorar.
Ezequiel encontra D. Lurdes no portão.
- Vim falar com a Kathleen.
- Na cozinha. -Ele responde severo.
Kathleen encontra a mãe de Fábio na
porta, encarada para o neto.
- Ele está bem? -Ela pergunta curiosa.
- Sim. Eu sou inexperiente demais pra
isso. Ele não pára de chorar.
- Deixa eu pegá-lo! -Ela toma o neto nos
braços. - Eu falei com o pai dele.
- Por favor, D. Lurdes, eu não quero que
a senhora traga notícias sobre ele.
- Calma, Kathleen! Ele é o pai e têm
direitos. Você sabe disso!
- Sim. Eu sei. -Ela responde.
- Ele pretende conhecer o menino.
- Só conhecer? - Ela se intriga.
- Não. Talvez, ele assuma a criança.
- Me desculpa, mas eu não quero que ele faça
isso. Ele tem esse direito por lei, mas eu não quero.
- Você ainda gosta do meu filho?
- Não. O meu sentimento por ele acabou no momento
em que ele me deixou na mão.
- Eu sinto muito que o meu filho tenha feito essa
bobagem, mas eu conversei com ele e ele pretende mudar.
- D. Lurdes, eu não quero ter nenhum tipo de
mágoa com o Fábio. Tudo o que eu quero é apagar ele da minha vida. Apenas isso!
-Diz ela, determinada. - Meu filho vai crescer e não saberá de nada a respeito
do pai.
- E eu Kathleen? Eu gosto muito do Vinícius. Sou
avó dele e você não pode me impedir de vê-lo. -Diz ela séria.
Kathleen fica pensativa por alguns instantes e
diz:
- Eu sinto muito, mas eu não quero que o seu
filho se sinta obrigado a assumir algo que ele deixou bem claro no passado que
não assumiria. Ele pode ver o Vinícius, mas eu não quero que ele assuma.
- Mas seu pai diz o contrário e eu concordo com
ele. Fábio é o pai dessa criança. Ele deve assumir a responsabilidade sim. -Diz
D. Lurdes sensata.
Semanas depois, Fábio reaparece no bairro
e encontra Ezequiel, que fica bravo ao vê-lo.
- Finalmente, nós nos encontramos!
- Ezequiel, eu vim em paz!
- Eu não quero brigar com o pai do meu
neto. Apenas quero dar um conselho: jamais procure a minha família de novo!
- Eu quero ver o Vinícius.
- Quem é você pra ter esse direito?
- Pai, deixa ele! - Interfere Kathleen. -Deixa
ele ver o filho!
- Kathleen, que bom que você não sente
mágoa de mim.
- Como você sabe, Fábio? Você não conhece
o meu pensamento.
Kathleen pede pra ele entrar e ele
aceita.
- Hei, Vinícius! Sou eu, o seu pai. -Ele
diz ao menino que não entende nada no que ouve.
- Ele tem cinco meses! -Diz Kathleen.
- Ele é muito bonito. Você escolheu o
nome?
- Sim. -Ela responde. -Acho que
precisamos conversar!
- Claro. -Ele diz.
Bem afastado de todos, Kathleen tem a
chance de reunir a família ao lado do ex, mas os seus planos não eram o que
esperava.
- Você quer o Vinícius? -Ela se
desespera.
- Isso mesmo. Eu voltei pra buscá-lo e
entrarmos num acordo.
- Então, volte pra Alagoas sozinho,
porque o meu filho não vai contigo.
- Kathleen, eu tenho uma ótima
estabilidade. Eu posso dar boas condições pra Vinícius. Eu tenho meios de
criá-lo.
- Eu não vou aceitar o seu acordo e ponto
final. Eu estou cuidando muito bem do Vinícius sem a sua ajuda e você não vai
tirá-lo de mim.
- Bem, você venceu por enquanto. Eu não
vou desistir do meu filho.
- Nem eu, Fábio. -Diz ela, sem medo. - Você
pode tentar de tudo, mas eu vou mover céus e terras pra garantir que o meu
filho fique do meu lado. Eu sei que eu vou sofrer, mas estou decidida à
enfrentar tudo com a cabeça erguida.
Fábio aceita aquela ousadia e sai porta
afora.
Os meses foram passando e Kathleen foi
aprendendo a difícil lição de criar um filho sozinho. Vinícius foi crescendo
aprendendo com a mãe, o avô e a sobrinha. Fábio viajara pra Alagoas novamente e
fez a sua vida. Antes, ele registrou o filho e seguiu seu destino ao lado da
mãe, que também fora morar por lá.
Numa bela tarde, Kathleen passeia com o
filho no supermercado, que agora tem cinco anos de idade. Kathleen tem vinte e
quatro anos atualmente e Sheyla, uma amiga a acompanha no passeio.
- Kathleen, se você reencontrasse o seu
antigo paquera, o que faria?
- Sheyla, não sonhe com isso! Faz muito
tempo. Hoje, ele deve estar casado e com filhos.
- É apenas uma suposição. -Diz a loira
jovem de vinte e sete anos, magra e olhos azuis claros.
- Tudo bem. Eu o cumprimentaria e contava
o que foi a minha vida nos últimos tempos.
-
Não. Assim você exagera. O certo seria: eu cumprimentaria e perguntava o que
faz da vida atualmente.
- Vamos voltar pra realidade, ok! Ele
jamais me encontraria de novo. Talvez, ele nem se lembraria de mim. Nossas
vidas mudaram muito desde o tempo da escola. -Diz ela, puxando o menino pelo
braço e esbarrando num rapaz alto moreno e de óculos escuros, na porta do
supermercado. -Desculpa, moço! -Ela fixa seus olhos aos dele. -Você?
Suzi acende um cigarro de
dentro do carro e depois, retoca a maquiagem. Em alguns minutos, ela sai e vai
até o galpão antigo e encontra alguns seguranças na portaria. Um deles a
reconhece de longe
- É a Suzi! Deixa entrar! -
Ele ordena aos companheiros que fazem a segurança do local.
Suzi agradece com um olhar
sedutor e um deles comenta ao próximo:
- Como essa mulher é gostosa,
hein?
Ao chegar perto da entrada do
escritório, Suzi abre a porta e o desconhecido a cumprimenta.
- Ora, ora! Quem está aqui! É
a minha princesa Suzi. A razão da minha vida! - Ele beija sua mão.
- Vamos parar de brincar um
pouco e falar sério agora.
- Hum. E o que você quer
conversar, gata?
- Eu quero saber o que você
fez com o Mathew.
- Caramba! Você só veio aqui
por causa do policial? Eu não estou acreditando nisso, Suzi!
- Me diga a verdade! Diga que
Mathew está bem!
- Quer saber mesmo a verdade?
Ele está bem, sim! Não fizemos nada com o seu amado. O nosso plano está saindo
muito bem, Suzi! Agora tenho um trabalho pra você!
- Olha, eu não vou mais fazer
trabalho nenhum pra você. Você já tem o Matt, conforme combinamos. Não faço
mais parte do seu grupo.
- Você está me dispensando, Suzi? Olha que posso fazer
com que Matt descubra a verdade sobre você.
- Isso é uma ameaça? Porque
se for, saiba que eu já contei á Matt que sou prostituta. Não tenho mais nada a
esconder.
- É mesmo, Suzi? E aquele
outro segredo que tínhamos? Matt não vai gostar nadinha de saber que a amante
tem ficha criminal na polícia e que ela sabe mentir tão bem, a ponto de
manipular quem cerca. É o caso do roubo no supermercado, ou pelo menos, a
tentativa de roubo, no qual a heroína salva a mulher do príncipe.
- Você não deve estar falando
sério. Nós tínhamos um acordo. Matt jamais iria saber disso. Você prometeu!
- Eu sinto muito, mas eu
mudei minhas táticas. Se você pensa em cair fora do jogo agora, saiba que não é
uma boa hora. Bom, você decide, Suzi?
- Eu te odeio, viu? - Diz
Suzi, irritada.
- Aceite o trabalho que vou
te propor e não me decepcione ou o
seu segredo será escancarado pra cidade inteira. A polícia vai gostar de saber
que você matou um cara, Suzi!
Suzi fica sem palavras e
senta-se na cadeira. O desconhecido toca seu rosto e ela o encara fixamente.
- Você é tão bonita com essa
expressão irritada!
De repente, ela cospe em seu
rosto, que fica surpreso com tal ato. Ele se enche de fúria por dentro e lhe dá
um soco no rosto.
- Nunca mais faça isso ou eu
acabo com você, vagaba! - Diz ele, a deixando com marca no rosto.
Enquanto isso, Mathew fica pensativo
com tudo que o tal homem disse a respeito de Smith e de Regina. Ele chega à
conclusão de que deve sair dali o mais rápido possível e tentar descobrir a
verdade sozinho pra ter certeza de que tudo que soube é verdadeiramente um fato
lógico ou um simples engodo pra que ele não consiga resolver o caso em
imediato.
De repente, ele ouve vozes
vindo do escritório e escuta a voz de Suzi com o desconhecido.
- Não pode ser! Eu estou
reconhecendo essa voz feminina. É a Suzi!
Já Smith fica preocupado em
não receber a ligação de Matt e decide entrar em ação. Ao cercar todo o velho
depósito, ele não o encontra e fica confuso.
- O que aconteceu com o Matt?
Ele não está aqui!
Um dos policiais comenta:
- Senhor, o Matt não está em lugar
nenhum. Algo deve ter acontecido a ele.
- Isso não pode acontecer.
Vasculhe tudo! Matt tem que ser encontrado.
- Sim, senhor! - Diz um dos
policiais.
Smith decide fazer uma
ligação e avisa:
- O Matt desapareceu com o
dinheiro. Fiquem alerta! - E desliga.
O desconhecido esquece a arma
sob a mesa e vai no banheiro. Suzi aproveita a oportunidade que desejava ter.
- Vamos ver quem é o mais
esperto aqui, otário!
Ela pega a arma da mesa e
aponta em direção a porta do banheiro. O tal homem ao sair se surpreende ao ver
o seu próprio revólver apontado em sua direção.
- Suzi, o que pensa que está
fazendo?
- Estou fazendo o que deveria
ter feito há muito tempo.
- Você não pode me matar.
Você sabe disso tanto quanto eu! Eu ainda
sou útil pra você.
- É claro que eu não posso te
matar. Não ainda, mas vai chegar o dia em que não haverá mais nenhum motivo de
deixá-lo vivo. Você sabe disso tanto quanto eu! Agora, me leve até o Matt! - Você é uma safada, uma
ordinária!
- Eu aprendi com você, meu
amor! Agora, vá antes que eu perca a paciência e exploda seus miolos. - Diz
ela, com a mão sob o gatilho.
O desconhecido leva Suzi até
a sala onde Matt se encontra e os dois ficam frente a frente.
- Suzi? O que está fazendo
aqui? - Se intriga Matt.
- Oi, Matt! É um prazer
revê-lo, mas estou ocupada agora. Se puder fazer tudo que digo, vai me ajudar muito!
Matt consente e Suzi ordena
que o desamarre.
O desconhecido desamarra Matt
aos poucos, com uma expressão irada e Suzi olha para os lados, tentando ver se
vinha alguém.Depois de desamarrado,
Matt se liberta de algumas cordas que
ainda o envolvia e Suzi pede para o policial ficar próximo dela. Ele obedece.
- Suzi, eu preciso que ele me responda uma coisa importante. - Diz
Matt, sensato.
- Tudo bem! - Diz ela. - Só
não demore muito.
- Eu quero saber da Brendha. Onde
ela está? - Ele interroga o tal homem.
- Eu não vou responder
pergunta alguma. - Diz ele, irado.
- Você vai responder, sim
antes que eu acabe com a sua vida nesta sala. - Diz ela, cheia de raiva com a
arma na mão.
- Eu não vou falar porcaria
nenhuma. Se quiser, pode me matar!-Diz ele.
Matt vira-se á Suzi e a
encara. Depois, vira-se a ele e lhe dá um murro em seu tórax, que o faz cair no
chão, se contorcendo de dor.
- Ui! Essa doeu até em mim! -
Diz ela.
- Suzi, o que pretende fazer
com ele? - Pergunta Matt, se afastando. - Ele pode ser útil. Ele sabe onde está
Christine e o meu filho e a Brendha também. E sabe de umas paradas que ainda me confundem as ideias.
- Matt, você é um tolo em
achar que a Suzi é de confiança. Ela também esconde algo de você. - Diz o
homem, atrapalhando a conversa.
Nessa hora, Matt e Suzi se
entreolham.
- Então, vai falar ou não
desgraçado! - Diz ela, irritada, mudando um pouco o assunto.
- Vocês venceram! - Ele grita
bravo.
Quando ele ia falar, ouvem-se
rajadas de tiros e os dois são obrigados a cair fora dali o mais rápido
possível.
- Vamos mantê-lo aqui dentro.
E não se preocupe, meu amor! Apenas confie em mim. - Diz ela, correndo pra
porta e trancando-o por dentro.
- Sua vagabunda! Me tira daqui!
- Ele começa a gritar furioso de raiva. - Saibam que não vão escapar de mim,
seus otários!
Suzi e Matt fogem correndo do
escritório e os capangas decidem segui-lo por todo o galpão abandonado. Com a
arma apontada em sua direção, o segurança libera acesso pra Suzi e Matt
passarem. Depois, eles entram no carro e fogem apressadamente.
- Você é louca, Suzi! Agora
percebi o quanto você é louca. - Diz Matt, aliviado por ter se livrado da
prisão.
- Você ainda não me viu
louca, Matt! - Diz Suzi, acelerando o carro.
- Posso saber por que está
envolvida nisso e porque devo confiar em você?
- Claro, meu amor! Eu vou te
contar tudo. Prometo! Agora, se você não confiar em mim, em quem você
confiaria?
- Acho bom mesmo, Suzi,
porque já estou farto de ser enganado.- Diz Matt, revoltado e observando as fotos
em que estava Smith nos dias dos crimes. - Agora, o que me preocupa é a Brendha.
- Fica tranqüilo, Matt! - Diz
Suzi. - Você vai achá-la!
Nesse ínterim, Smith folheia
alguns documentos quando o telefone toca.
- Oi, é o Sr. Smith falando!
O que descobriu?
- Senhor, até agora nem sinal
do Mathew. - Diz um dos policiais.
- Tudo bem. Continue na
posição e me avise se o virem.
De repente, o telefone
celular toca e ele vê no visor. É uma chamada de Mathew.
- Espera um instante! - Ele
deixa o telefone fora do gancho e atende o celular. - Mathew, onde está, meu
rapaz?
- Sr. Smith, o plano não deu
certo. Tive problemas na operação, mas está tudo bem agora. - Ele revela.
- Mas onde você estava? -
Pergunta Smith, preocupado.
- Eu fui deixado num terreno
baldio e me levaram toda a grana.
Consegui encontrar o celular por sorte e por isso, estou te ligando. - Ele
resolve mentir, sob o olhar fixo de Suzi no volante.
Suzi que estava ao seu lado
fica atenta na conversa do rapaz com o delegado, mas não desvia a atenção do volante.
- Quer que eu mande alguém
pra te buscar?
- Não será necessário. Eu
consegui uma carona e estou indo pra delegacia agora. Alguma informação nova
por aí?
- Bom, por enquanto nada. Mas
é bom saber que você está vivo e que está bem. E agora, quais são as chances de
pegar esse bandido?
- Senhor Smith, vamos
continuar com o plano da festa de Justine. Se estivermos certos desde o início,
o criminoso vai atacar outra vez e desta vez, será quem imaginamos. - Diz Matt.
- Ok! - Diz o delegado,
consentindo.
Ao desligar o telefone, Matt
diz á Suzi:
- Vamos ver até aonde vai
esse jogo?
- Mas você tem certeza de que
o seu chefe está envolvido?
- Eu não sei de mais nada,
Suzi! Eu não sei nem se devo confiar em alguém.
- Matt, não diga isso! Você
sabe que estou do seu lado. Até te salvei.
- Mas um mistério pra mim,
Suzi! Porque está nesse jogo e porque me salvou?
Eu só queria pelo menos entender isso.
- Não se preocupe, Matt! Você
vai entender tudo. - Diz Suzi, confiante. - Agora, vamos até a Brendha!
Ao chegarem no local, os dois
ficam desolados ao perceber que a menina sumira novamente e que mais uma vez,
não conseguiram encontrá-la.
- Nada por aqui! - Diz ele,
se lamentando.
- Tenha calma meu amor! Vamos
fazer o jogo deles.- Diz Suzi, determinada.
- Tem algum plano em mente?
- Acho que sim! - Diz ela,
séria.
Dias se passam e Suzi resolve
fazer uma ligação anônima. Em seguida, alguém atende do outro lado da linha.
- Então, você quer mesmo fazer
isso?
- Sim. Eu quero! - Ela
responde, determinada.
- Está entrando numa área
arriscada moça.
- Eu já estou envolvida. Não
tenho escapatória.
- Ótimo! Aguarde meu contato
que brevemente estarei te ligando novamente.
- Obrigada! Você não sabe o
favor que me presta.
- Preciso te fazer uma
pergunta antes que desligue.
- Diga! - Diz ela, já ciente
do que deveria ser.
- Tem algum motivo pessoal
pra me pedir isso? Suzi, você sabe que a conheço bem.
- Se eu dissesse que não,
estaria mentindo.
- Entendi. Enfim, se cuida
ok! Tenho muito carinho por você.
- Obrigada! Aguardo contato!
- Diz Suzi, desligando. - Agora, Matt vai perceber o quanto eu sou de confiança
pra ele.
Na delegacia, Sr. Smith pensa
em tudo que Matt lhe disse sobre o fato de ter sido abandonado e ter perdido
toda a grana que havia arrecadado para a liberdade da menina.
- Alguma coisa não está
certa. - Diz ele, pensativo sobre a mesa.
De repente, Matt surge no
escritório e o encontra.
- Como anda os preparativos
pra festa de Justine?
- Até agora, tudo está indo
bem. Matt, me responda algo?
- Sim. - Ele diz, pegando um
café.
- Você chegou a reconhecer
algum dos bandidos que o deixaram neste tal terreno baldio?
- Não senhor, porque eu
praticamente caí numa cilada organizada por eles.
- Hum. Entendi! Mas você,
Matt um cara super corajoso, equilibrado, cair numa cilada?
- O que está insinuando?
- Você vacilou legal, Matt!
Onde estava com a cabeça? Só podia ser naquela mulher de novo né?
- Sr. Smith, eu caí naquela
cilada totalmente de propósito. Não houve vacilo! Apenas deixei-me levar todo o
dinheiro. Foi uma simples jogada de mestre.
- Sabe o que eu acho, Matt?
Você está sabendo de algo e não quer contar-me. Alguma coisa aconteceu neste
depósito.
- Sr. Smith, por acaso está
desconfiando da minha pessoa? Você acha que eu iria mentir justamente para o
senhor que cuidou de mim durante esse tempo todo, que me ensinou como se comportar como um policial honesto e
corajoso? – Questiona Matt - Não me conhece?
Smith fica pensativo com as
palavras do policial e diz:
- Desculpa, Matt! Eu confio
em você, meu amigo e sei que não mentiria pra mim.
Matt se sente aliviado por
dentro e responde:
- Então, está preparado pra
pegarmos de vez esse criminoso?
- Com certeza, meu amigo! -
Diz ele, apertando a sua mão.
Suzi consegue encontrar o
paradeiro de Brendha e a jovem decide ligar para Matt. Sem hesitar, ele reúne
alguns policiais e vão para o endereço marcado. Smith acredita que pode ser
outro alarme falso.
Chegando no local, Matt
reconhece alguns comparsas do tal desconhecido que falou com ele naquele galpão
abandonado e dá sinal pra avançarem. Ele entra escondido num antigo prédio,
onde parecia ser um cárcere privado e luta com alguns homens a mão armada. As
frotas policiais circundam a área e conseguem prender alguns homens que faziam
a segurança do local. Matt finalmente encontra Brendha, que estava toda
amarrada e amordaçada. Ele retira as cordas que a prendem e depois, a abraça
fortemente, trazendo conforto e esperança.
- Obrigada! - Diz ela,
agradecendo aos prantos, tentando conter a emoção de que foi salva daquela
prisão.
- Não precisa agradecer,
Brendha! Eu estou aqui e nada vai lhe acontecer de mal agora. Fica calma! - Diz
ele, determinado a levá-la pra bem longe dali.
Horas depois, o delegado brinda
por Brendha estar viva e Matt fica feliz que conseguiu salvá-la das mãos dos
bandidos.
Já o desconhecido homem pra
quem Suzi trabalha, fica irritado ao saber do acontecimento e promete fazer
vingança. De repente, o telefone toca e ele atende num só toque.
- O que você quer, sua
cadela, safada?
- Eu vim te dizer que o seu
plano falhou, meu amor!
- Vagabunda! Por que você
arruinou meus planos?
- Simples. Porque eu não sou
mais a sua mulher, o seu objeto sexual, o seu ursinho de dormir. Eu me tornei uma pessoa de princípios e eu
estou disposta a mudar pra melhor. Não quero mais ser sua escrava!
- Você acha que Matt vai
viver ao seu lado pra sempre? Está enganada, Suzi! Quando ele descobrir quem é
você de verdade, pode esperar! Seus dias estarão contados. Ah e não se esqueça
querida: eu ainda tenho a família de Matt comigo!
- Eu não tenho medo de ameaças
e nem do que pode acontecer comigo. Se Matt descobrir a verdade, tudo certo!
Mas é bem provável que ele descubra uma coisa antes e você sabe perfeitamente o
que é. Você arruinou o passado de Matt. Quanto a família dele, se prepare
porque ele não vai deixar barato.
- Eu o quê? Está brincando
comigo! Eu não tenho nada a ver com o passado do seu namoradinho. - Diz ele,
resmungando.
- Tem certeza? Porque
conforme eu descobri pelos meus contatos, você causou a morte de pessoas
inocentes no passado. Matt, por incrível que pareça, jamais perdoaria que os
seus pais foram cruelmente assassinados e que o assassino está bem perto do que
ele possa imaginar.
- Você andou se informando
demais ao meu respeito e isso não é bom, minha cara! - Diz ele, sendo
ameaçador.
- Fazer o quê, meu amor? Eu
aprendi com a vida e você me ensinou muita coisa. Mas chegou a hora de você
saber que eu sei me cuidar sozinha e
que aquela garota inexperiente, hoje se tornou uma mulher determinada e que vai
fazer de tudo pra ser feliz e escrever a sua própria história, sem que ninguém
impeça isso! - Ela termina o assunto e desliga o telefone, fazendo com que ele
fique furioso de raiva.
Atenção: Para dar continuidade a leitura de "Atração Fatal", a obra está disponibilizada na Amazon e Plataforma Wattpad:
Diante da porta está Christine
com a chave na mão disposta a abrir o apartamento de sua Rival. Cenas de Matt e
Suzi viram retrospectivas em sua mente. Mas nada a impede de continuar firme em
sua decisão e desmascarar os dois amantes de uma vez por todas. Ela abre a
porta com cuidado para não fazer barulho e ouve vozes, que saem do quarto. Com
passos leves, ela se dirige até o quarto e assiste a cena que seus olhos jamais
queriam ter visto. Suzi estava se sentindo nas nuvens ao lado de Mathew que
também parecia à vontade. Christine se sentiu mal, completamente no chão e sua
mente só dizia uma coisa: que entrasse naquele quarto e despejasse tudo o que
estava se sentindo. Ela tentou se manter calma naquele momento e nem mesmo as
lágrimas que caíam dos seus olhos, a faziam desistir de sair dali. Afinal
porque desistir? Não adiantaria fechar simplesmente os olhos pro que estava
ocorrendo em sua vida e ir pra casa, fazer as tarefas do dia-a-dia e dizer a
mesma ladainha pro filho de que o pai estava trabalhando e logo, estará de
volta. E toda aquela raiva se transformou em verdadeira fúria. Com os nervos à
flor da pele, ela não hesitara. Apenas deixou-se levar pela sua atitude de mulher
traída e com ódio dos dois, entrou naquele cômodo.
- Sua salafrária, bandida!
Como você pode fazer isso comigo? Vagabunda! - Entra Christine, irada com a
cena que vê, sem se importar de que eles estavam totalmente nus naquele quarto.
Suzi e Matt ficam perplexos
ao encontrá-la ali naquele exato momento.
- Christine, eu posso
explicar tudo. - Diz Matt, tentando controlá-la.
- Cala a boca, Matt! - Ela
lhe dá um tapa no rosto e o empurra contra o chão, fazendo-o bater com a cabeça
na parede.
Suzi decide partir pra cima
de Christine e as duas caem na briga.
- Sua ordinária! - Ela soca a
face de Suzi e a joga no chão, lhe dando murros e puxando seus cabelos.
Matt fica desesperado e tenta
afastar as duas, segurando a esposa.
- Me solta que eu quero
acabar com a vida dessa mulher! - Diz Christine, furiosa.
Suzi se levanta do chão brava
e Matt pede pra Christine ir embora, controlando Suzi com o braço esquerdo e
impedindo-na de avançar sobre a mulher.
- Pode ficar tranqüilo, Matt!
Eu vou embora. Eu não tenho mais nada pra fazer aqui neste lugar. Ah, e antes
que eu me esqueça: fique com ela,
Matt! Sei que ela vai te fazer mais feliz do que eu, porque vocês dois
realmente se merecem. - Diz Christine, com um olhar sério e totalmente
descomposta.
Suzi a encara com um olhar
sério e Matt fica sem palavras.
- Nunca mais quero ver a sua
cara, bandida! Safada! - Ela diz à rival e sai porta afora. - Fingia ser minha
amiga, mas no fim não passava de uma cobra apenas. Eu te odeio, Suzi! Sua ladra
de maridos! - Diz ela, saindo porta afora imediatamente.
Suzi deixa Matt por alguns
segundos e segue Christine, dizendo:
- Vai embora mesmo! Eu não
tenho culpa se o teu marido me deseja. Ele sente mais prazer comigo do que com
você.
Christine volta a encará-la
novamente com um olhar ameaçador e Matt tenta colocar Suzi pra dentro.
- Parem as duas com isso!
Christine, desculpa...
- Vocês dois me dão nojo! –
Diz Christine, pegando o elevador depressa.
Matt decide ir atrás de
Christine e Suzi o impede.
- Já não basta o que ela
causou aqui, Matt? Por que vai atrás dela?
- Porque ela ainda é a minha
mulher. - Diz Matt, revoltado e saindo porta afora também.
Suzi se lamenta com tais
palavras.
Dias se passam e o delegado
recebe o telefonema do desconhecido seqüestrador de Brendha, marcando o encontro
para tal horário a fim de negociar a troca do dinheiro pela menina. Matt é
comunicado do encontro e decide se preparar pra agir. Já Christine decide pedir
a separação e pensa em levar o filho Renan pra casa de uma irmã que mora em
outra região próxima dali. Embora não concorde Matt não consegue impedir a
atitude da esposa e promete que não desistirá de seu próprio filho. Christine e
Renan decidem pegar o ônibus na estação.
- Tem certeza de que quer
mesmo fazer isso? - Questiona Matt.
- Eu preciso, Matt! Vai ser
necessário nos afastarmos um pouco.- Diz Christine. - Espero que você fique
bem!
- Eu vou sentir muito a sua
falta. Você e a do nosso filho!
- Matt, por favor, chega de
lamentações! Você não vai se afastar do seu filho por muito tempo. Eu vou permitir
que o visite. Renan precisa de um pai, mesmo que ele seja ausente. - Diz ela,
rígida.
- Por que está sendo tão dura
comigo? Eu já não lhe pedi desculpas por tudo que lhe causei?
- Desculpas não é o
suficiente. Você deveria saber disso, Matt! Mas não quero discutir com você
sobre esse assunto de novo.
Matt abaixa a cabeça e abraça
o filho Renan.
- Pai, eu não quero ir embora
sem você!
- Eu vou estar sempre por
perto, meu filho! Assim que meu trabalho terminar, eu vou te visitar na casa da
sua tia. Eu prometo!- Diz Matt, triste.
- Pai, eu te amo! - Diz
Renan, com lágrimas nos olhos e abraçando fortemente Matt.
- Eu também, meu filho! Eu
também te amo muito, viu? Você é tudo na minha vida. Promete uma coisa para o
seu pai?
- Sim, pai! - Diz Renan,
atento, se afastando um pouco.
- Promete que vai cuidar de
sua mãe? Ela precisa de você, meu filho!
- Prometo, pai! Prometo, sim!
- Diz Renan, entristecido.
- Bom garoto! Agora, você
precisa ir antes que perca o ônibus. E lembre-se: seu pai te ama muito e nunca
vai te abandonar.
Christine interfere a
conversa dos dois e diz a Renan:
- Filho, o ônibus chegou!
Precisamos ir agora!
Matt acena pra Renan, que
acompanha a mãe até a porta do ônibus.
- Christine, saiba que eu não
vou desistir do Renan. - Diz o policial, determinado.
- Eu sei disso, Matt! Mas não
se preocupe: nosso filho estará bem e você poderá visitá-lo sempre que
possível. - Diz ela, entrando com o filho no ônibus, que se prepara pra partir.
Os olhos de Renan se enchem
de lágrimas diante da janela do veículo que aos poucos se distancia.
De repente, o telefone toca e
Matt atende.
- Matt, é Smith! Está pronto pra
ir ao encontro?
- Ah, claro! Eu já vou agora
pra lá, Sr. Smith!
- E quanto á Christine e
Renan? - Ele pergunta. - Eles realmente foram embora da cidade?
- Sim, Sr. Smith! É difícil
te falar isso, mas eu vou sentir muito a falta deles. - Diz Matt, triste. - Mas
o que posso fazer né?
- É verdade, Matt! O que
podia fazer? E agora, como será a sua vida sem a Christine e o Renan?
- A vida continua, Sr. Smith
e agora, eu estou determinado a terminar de uma vez por todas com esse caso da
Regina Winston.- Diz Matt, equilibrado e convicto de que vai resolver logo o
crime que anda deixando todos preocupados e temidos.
Sem perceber, alguém o
observa disfarçadamente.
Enquanto isso, Suzi liga para
o desconhecido e comunica-lhe que Christine está fora da cidade com o filho, o
qual o caminho estará livre pra ela e o policial Mathew. O desconhecido avisa
que a prostituta deve continuar seguindo o plano normalmente, pois em poucas
horas, ele conhecerá o policial de perto e que fará suas negociações.
- O que você está planejando
com este encontro? - Pergunta Suzi, curiosa.
- Eu vou entregar a ele todas
as respostas que ele procura. A morte de Regina, a morte de Anderson, Dinorah e
D. Juliet.
- Então, você está por trás
do caso de Regina Winston? Muito interessante!
O desconhecido sorri e
continua.
- Suzi, existem muitos
segredos envolvidos neste caso. Você nem imagina!
A jovem fica com uma
expressão séria no telefone.
Horas depois, Matt chega numa
estação ferroviária abandonada, local marcado pelo seqüestrador e em uma de
suas mãos, ele carrega uma mochila em que está armazenado o dinheiro que fora
pedido em troca da liberdade de Brendha. Afastado dali, Sr. Smith espera o
sinal do policial pra agir. Matt se preocupa, mas também não demonstra receio.
Agora era tudo ou nada e ele tinha que correr esse risco. Enquanto isso, alguém
chega de carro e estaciona numa esquina ao lado.
- Que demora! O que será que
ele está aprontando? - Pensa Matt, sério.
De repente, ele decide
gritar.
- Olá!!!!!! Alguém está aí?
Eu acabei de chegar. Por favor, me responda!
Depois de alguns minutos sem
resposta, Matt decide se sentar num banco de madeira e resolve esperar um pouco
mais. Sempre atento ao relógio, ele já estava se cansando de esperar.
- O que será que está havendo
com Matt? Ele está demorando muito a dar o sinal pra gente avançar. - Diz Sr.
Smith á um dos oficiais que o acompanham na operação.
- Pode ser que ele esteja em
perigo, senhor! - Responde um dos policiais que estava por perto.
Sr. Smith fica pensativo.
Matt decide cancelar a
operação e sem esperanças de que vai encontrar Brendha por ali com os bandidos,
ele decide se preparar pra ir embora, quando um desconhecido o chama pelo nome.
Matt vira-se pra responder.
- Pediram pra eu levá-lo até
eles. - Diz um homem forte e alto.
- Ótimo!E como vou saber que Brendha está bem?-
Pergunta Matt.
- Não se preocupe! Você já
vai encontrá-la. Me acompanhe! - Diz o homem, deixando-o ir na frente.
Matt segue até um velho
depósito e o homem o manda abrir a porta. Ele obedece e ao abrir a porta, ele
encontra as paredes marcadas com os nomes das vítimas mortas inocentemente:
Regina, Dinorah e Juliet. A surpresa maior foi quando ele leu a seguinte frase:
Os próximos são Justine, Olivier e Christine. Quando ele ia se virar pra falar
com o tal desconhecido, um golpe é acertado em sua nuca, que o faz cair
fortemente ao chão.
Mais tarde, Matt desperta e
se sente confuso ao ver que estava numa grande sala toda iluminada, com as mãos
amarradas por trás da cadeira e seu corpo quase despido envolto por correntes
fortes e presas. De repente, a porta se abre e surge um homem negro com boné e
roupa de marca famosa e com um cigarro na boca. Ele tira os óculos pretos e
encara fixamente o policial, que pergunta:
- Onde estou e o que vai
fazer comigo? - Diz Matt, sentindo dores em sua nuca.
- Não se preocupe! Você está
seguro conosco. Só não posso te falar ainda onde você está porque temos muito a
conversar.
- Eu quero saber da Brendha.
Como ela está?
- Vai bem, Mathew. - Ele
responde.
- Posso saber o que você quer
de mim?
- Claro. Você se lembra do
velho depósito e das marcações na parede?
- Como eu poderia esquecer.
Me diga: você também pegou Christine e o meu filho?
- Policial Mathew, eu costumo
responder perguntas ordenadamente. Então, eu vou te responder a primeira
pergunta que fez: O que eu vou fazer com você, exato?
- Se for assim, tudo bem!
Exato! - Consente o policial.
- Bom, o que eu vou fazer com
você é o seguinte: eu lhe trouxe aqui porque quero ajudá-lo a desvendar todo o
mistério que envolve o caso Regina Winston e também particularmente a sua vida.
- Minha vida? Onde eu e a
minha família entramos nesse assunto da Regina?
- Simples. Você, Matt é a
chave principal do caso Regina Winston! Vou ser mais específico, caso não
esteja entendendo. A sua relação com este caso não é nada incomum. O fato,
policial Mathew é que existe uma relação muito forte entre você e a família de
Regina. Você não sabe, Matt mas Regina o adotara como um filho secreto.
Feliciano e nenhum de seus amigos sabiam desse fato e a única que guardava esse
segredo era a sua tia Juliet, que sempre deu um jeito de te sustentar ás
escondidas.
- Quer dizer que Regina era
como se fosse uma mãe pra mim e Juliet sabia disso? Cara, você deve estar
doido! Eu não faço parte da família Winston.
Ele dá um sorriso largo e
mexe com a cabeça, dando a entender que ele não sabia nada a respeito desse
fato.
- As coisas não parecem ser o
que são Matt. Regina te conheceu na rua logo depois que seus pais vieram a
falecer. Você não se lembra?
Mathew fica sério por alguns
instantes e relembra cenas do passado.
“- Oi, tudo bem? - Pergunta
uma gentil mulher a ele, que se
sentia triste e desamparado. - Você quer ir pra casa? Onde você mora, meu bem?
- Eu não tenho pra onde ir,
senhora. - Ele respondeu, inocentemente.
- Entendi. E os seus pais,
querido? Onde eles estão?
Houve um momento de prantos e
ela abraçou-lhe fortemente.
- Não se preocupe, querido!
Eu vou te levar para um lugar tranqüilo, longe das ruas onde você possa ser
feliz, ok! - Diz ela, o pegando pela mão. - Não tenha medo, meu bem! Você vai
ficar bem.”
Matt desperta das lembranças
e encara o desconhecido fixamente.
- Lembrou-se agora como tudo
começou?
- Não entendo. Se Regina me adotara como um filho, porque eu fui
cuidado pelo Sr. Smith durante a minha adolescência?
- Regina conseguiu um lar de
adoção pra você, Matt! Você viveu um tempo numa casa de abrigo e depois que
completou maioridade, conheceu o delegado, a qual lhe deu um emprego e te
ajudou a ingressar na carreira da polícia. Pelo menos disso você deve se
lembrar muito bem, né?
- Com certeza, só não sabia
que Regina tinha me ajudado na
época.
- Ela te ajudou sim Matt, mas
ela nunca quis se identificar pra você porque Feliciano na época estava de
compromisso marcado com ela e ele não gostava de crianças. Regina fora uma mãe
pra você! Tanto que quando você saiu do abrigo e foi morar com o Smith, ela
ficou péssima e decidiu seguir a sua vida, ou seja, cumpriu seu papel de boa samaritana.
- Eu não sabia disso! Quem é
você, afinal e qual é o seu interesse nesta história?
Ele sorri um pouco e
continua:
- Mathew, você não quer saber
as respostas que tanto procura? Bem, eu posso te levar até elas.
- Ainda não entendi a sua
jogada.
- Sabemos que você foi o
protegido de Regina durante a sua infância. De início, tudo certo! Mas o que
houve depois, você nem sonha ter acontecido. Matt, existem mais coisas que vão
deixar você perplexo e que se eu contar-lhe, não teria graça. Então, vou te deixar
ver para que você saiba quem é quem nesta vida.
- O que afinal está dizendo,
seu idiota? Pára de enrolar e fala logo. - Questiona Matt, confuso.
Ele pede pra que tragam uma
pasta e um dos comparsas o entrega em mãos.
Abrindo a pasta, ele tira
algumas fotografias e mostra a Matt.
- Essas fotos foram tiradas
no dia da morte de Dinorah.
Matt fica surpreso ao ver a
fotografia e ele continua.
- Reconhece essa pessoa que
está saindo do carro uma hora antes de Dinorah sair do apartamento? - Pergunta
o desconhecido.
- Reconheço, sim! É o
delegado, pra quem eu trabalho. Por quê?
- Simples, meu caro rapaz.
Por que será que o delegado estava naquela noite e naquele mesmo endereço onde
estava Dinorah? Você seria capaz de raciocinar, Matt?
- Isso é loucura! O delegado
estava apenas verificando o local. Ele não estava ali por acaso. Essa foto não
prova nada!
- Certo e o que você me diz
sobre essas aqui? - Ele joga todas as fotos na mesa, onde aparece o delegado em
todas elas.
- Isso é um absurdo!
Totalmente inaceitável!
- Tão inaceitável que a
polícia não conseguiu proteger as vítimas dos homicídios né? Que descaso tolo!
Matt fica confuso ao ver as
cenas dos crimes, mas volta a fazer a sua pergunta que ficou despercebida no
início da conversa:
- Você me disse a sua jogada, mas quero saber da
Christine e do meu filho Renan? O que fez com eles?
O desconhecido encara o
policial friamente e diz:
- Essa resposta você terá em breve, meu caro!
-Não façam nada
com eles! Entendeu? Se acontecer algo com os dois, eu lhe mato!
-Você não está em
condições de ameaçar ninguém agora, Matt! E quer saber de um fato curioso: como
um pai de família resolve trair a esposa com a amiga dela e ao mesmo tempo,
investigar o caso de Regina? Você é um sujeito bem esperto e admiro isso sabia.
-Você anda me
espionando?
- Sim, Matt! Eu sei quem é a mulher que cruzou o seu
caminho. Eu sei dos encontros que você teve com ela. Eu sei do flagra de Christine.
Eu sei tudo sobre você! – Diz o desconhecido, olhando seriamente nos olhos de
Matt.