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Nono Capítulo de Corações Desimpedidos

Daniel chega em casa e encontra seu irmão á espera dele.
- E aí cara, vim te esperar aqui, mas não esperava que você chegasse tão cedo. Vim falar prá você a novidade: aquilo que você me pediu para ajudar achar a tal garota: a Grace...
- Pode esquecer, cara, pode esquecer! - Disse Daniel antes que seu irmão acabasse de falar. -  Te agradeço por tudo, mas não precisa mais não.
Daniel se jogou no sofá exausto e abatido e Wallace estranhou seu jeito.
- Que foi, fera, que aconteceu? Você parecia tão entusiasmado e empenhado em ajudar a tal Gisele nesse caso. E eu sei muito bem porque, sabe disso.
- Pois então pensou demais!
- Perai cara, eu venho aqui na melhor das intenções tentando te dar uma moral no que você me pediu e você me dá várias patadas dessa.
Daniel estava estressado e olhou para o irmão ansioso. Seu olhar estava transtornado.
- Desculpa ai, mano. Não é nada com você não. Não é nada disso. Eu é que sou um babaca mesmo.
- Perai, cara, o que aconteceu? Desanimou de ajudar a garota?
- Não vale a pena não cara. Não vale a pena mais nada. Vamos sair prá tomar alguma coisa e no caminho te conto.
- Calma aí cara, você ta muito nervoso e cair na bebida assim sem mais nem menos não vai adiantar nada. Não quer me contar o que ta acontecendo?
- Porra, cara eu fui lá. Lá no apartamento dela. A Doroth me ajudou e me deu o endereço para ir lá conversar com ela e hoje tinha certeza que ia colocar ela na parede e tomar uma decisão em relação a nós dois. Esperava que ela ia parar de me tratar mal às vezes que eu me declaro prá ela.
- Poxa, cara imagino que ela não quis te receber ou que deu tudo errado!
- Mais do que errado, cara. Quando ia chegando a porta tava meio aberta, pois alguém parecia ter acabado de chegar. E você não imagina o que eu vi.
- Viu o que, cara?
- Ela tava beijando outro maluco, brother. Foi isso que eu vi.


Papo Sério

Wallace olhava para o irmão sem entender e tão intrigado quanto o irmão.
- Agora sei,... - Continuava Daniel - Agora eu sei porque ela me recusa e me dá sempre fora. Eu devia ter vergonha na cara! Ela ta com aquele cara que eu vi ela beijando.
- Mas e aí?
- Ai que eu meti o pé antes mesmo de entrar e falar com ela. Eu só vi porque empurrei a porta que tava entreaberta e vi os dois se beijando. Ninguém me contou não, cara, eu mesmo vi.
Wallace via o quanto seu irmão tava arrasado e não o vira assim desde que ele teve a crise amorosa com Maria.

Alda e Emiliano continuavam a conversarem e o clima estava acirrado entre os dois.
- Que é isso, Alda, você ta me mandando embora.
- Eu quero que você tome uma decisão entre nós dois, Emiliano e entenda de uma vez que não dá prá nós vivermos esses tormentos a ponto até de atingir nossa filha e passarmos por essa agonia como agora.
- Você que me persegue, Alda, sempre arrumando motivos para nossas brigas. Você é a culpada de tudo. Eu já não aguento mais isso. E agora quer me culpar também por tudo.
- Eu quero minha filha de volta!  E depois que isso se resolver, você decide se vai continuar vivendo ao meu lado me dando uma vida direito e digna.
- Mas não te falta nada, Alda, e nunca faltou nem prá você e nem prá nossa filha.
- Você sabe muito bem do que estou falando, Emiliano, você sabe. Nada é mais precioso do que a atenção, o carinho, a companhia, tudo isso que você esqueceu há tempos. Há muito tempo que você vive indiferente comigo e eu to me sentindo um nada ao seu lado por causa desse teu tratamento comigo.
Emiliano vira-se para o lado e Alda para o outro querendo chorar. Emiliano bem sabia do que ela estava falando e ele realmente se sentia desgastado ao seu lado e não sabia o que dizer.
O silêncio foi quebrado com o toque do telefone. Sem ter noção da urgência ou não do telefonema Emiliano vai atender, mas fala:
- Deve ser Gisele com novidades.
Alda se vira e fica olhando.
- Alô!
- Pai! - Do outro lado da linha.
- Grace??? Onde você está?
Alda corre quase que desesperada para o lado do marido ao telefone:
- A Minha filha!!! 
Do outro lado da linha falando ao celular, Grace mal podia se dar conta do visual que se descortinava diante dos seus olhos quando ela desceu daquele ônibus naquela rodoviária daquela cidade balneária à três horas do Rio de Janeiro.
- Eu to bem pai. To bem. Fala prá mamãe ai prá ficar tranqüila ai que logo que puder to voltando.
Grace sabia que seu pai iria insistir no telefone, mas que isso acontecesse, ela desligou o celular e colocou em sua bolsa de novo. Nas suas costas estava com sua mochila e parecia ter chegado naquela cidade para ficar.
Logo, antes de pegar um táxi ela contemplou o mar que estava a sua frente e que fazia parte da paisagem daquele ponto da rodoviária e reconheceu de longe o que ela muitas vezes ela tinha visto de passagem em sites de turismo. Pelos contornos das montanhas daquela ilha lá ao longe ela reconheceu: Era a Ilha Grande e que logo ao pegar uma traineira em algum ponto próximo ali onde ela estava já estaria lá.
Mas antes disso, precisava se encontrar com uma pessoa que ela premeditadamente tinha marcado no Facebook e que desejava conhecê-lo muito pessoalmente. E não seria ali o local do encontro. Logo que conseguiu um táxi ali mesmo perto da plataforma onde o ônibus a deixou ela se dirige ao motorista:
- To querendo ir à um Shopping perto de um lugar chamado... esqueci agora, moço.
- Sei. Perto das Marinas! - falou o Motorista - Entre moça!
- Antes de ir pra este shopping, eu posso conhecer um pouco a cidade? Amo Angra!
- Tudo bem então.
Quando Grace entrou no veículo e se sentou na parte de trás, ela se sentiu incomodada diante de uma paisagem tão deslumbrante e aquele vidro fumê do veículo atrapalhando.


Turista

- Posso descer o vidro aqui moço?
- Sim! – Responde o taxista, sorrindo.
Num aperto de botão, o vidro desceu e o sol daquela tarde ainda iluminava com maestria a paisagem deslumbrante daquele local e o ar de montanha ainda predominava de quando ela via durante a viagem pela estrada sinuosa de Santos até aquela cidade.
Logo que saiu da rodoviária ela pôde ver o carro se emaranhar no trânsito e diante de uma orla maravilhosa, movimentada e que oferecia o cenário de várias ilhas ali mesmo. Além do cenário da Ilha Grande de longe ela podia ver ainda outras pequenas ilhas que fazia parte das trezentas e sessenta ilhas que se dizia ter naquela região.
- Que parte é essa da cidade, moço?
- Essa aqui é a Praia do Anil. Praticamente estamos no centro da cidade. Mas a moça não é daqui de Angra dos Reis?
- Não. Sou do Rio.
- Vem à casa de parentes por aqui?
Grace deu um sorriso e falou.
- Não moço. Na verdade, vim atrás de uma paquera que eu conheci pela internet e vou me encontrar com ele nesse shopping aí das Marinas. Vai demorar chegar, moço? - Pergunta ela feliz e radiante por estar em Angra dos Reis.


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