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Ela o encara séria e finalmente responde, para surpresa do rapaz.
- Sim! A gente se reencontrou, Robson.
- Poxa, Pâmela! E a gente? - Ele fica totalmente sem chão, já imaginando um monte de coisas.
- Calma, Robson! - Diz ela, percebendo que ele já estava mudando de expressão e ficando um pouco nervoso com a situação, decidindo ocultar a verdade. - Não rolou nada entre eu e ele depois daquela noite.
- Como assim, Pâmela? Difícil acreditar, viu! - Diz Robson, já tenso.
- Isso significa que você não confia em mim, né?
- Pâmela, você reencontrou o cara do clube. Vocês devem ter conversado e...
- Nem mais uma palavra, Robson! - Diz ela, já mudando sua expressão. - Você acha que sou o quê? Respeito é bom e eu gosto.
- Pâmela, desculpa...
- Eu já falei o que era pra ter dito. Peço desculpas por ter escondido isso de você, mas não me compare com qualquer uma não! Eu não sou mulher de ficar com um e com outro.
- Pâmela, eu não disse isso.
- Mas me pareceu e não gostei. - Diz ela, tensa.
- Me desculpa tá! Eu não quis te ofender. Eu só não quero te perder pra este cara aí.
- Robson, vou indo! Eu ainda preciso organizar umas coisas pois tenho uma viagem pra fazer ou você esqueceu que vou pra Paraty neste fim de semana?
- Não me esqueci mas vou poder te visitar?
- Quem sabe! Até! - Diz ela, se afastando e deixando-o chateado.
Enquanto isso, Humberto senta e olhando seriamente para a filha, resolve falar a verdade sobre a fotografia que ela achara sem querer.
- Essa mulher da foto era a minha amante no passado.
Verônica fica cheia de raiva neste momento e rebate.
- O senhor não tem um pingo de vergonha que seja. Por que ainda guarda essa maldita foto aqui dentro deste escritório?
- Filha, eu não fazia a menor ideia de que esta foto ainda estava aqui dentro.
- Mentiroso! Ah como sou tão burra! Meu pai, mesmo com a minha mãe morta, ainda pensa na tal amante. E essa foto te faz lembrar dela, né? Te traz boas lembranças, meu pai?
- Desculpa! Eu realmente deveria ter me livrado dessa foto há muito tempo.
Verônica observa a foto cautelosamente e olhando para o pai com ira, diz:
- Olha o que vou fazer com a sua doce lembrança do passado!
- Verônica, não faça isso! - Tenta impedir Humberto, quando a filha resolve rasgar a única foto que ele tinha do passado e se faz em mil pedaços. - Você não tinha esse direito!
- O senhor que não tinha esse direito de ficar desejando a sua amante até os dias de hoje.
- Verônica, tem certas coisas que você não entende.
- Por causa dessa mulher, a minha mãe morreu!
- Não fale besteiras. A sua mãe já se encontrava doente quando soube do meu caso.
- A sorte dessa mulher é que não a conheço porque se eu a conhecer, meu pai eu vou fazer da vida dela um inferno. - Diz a jovem, saindo porta afora e deixando o pai nervoso.
André decide
convidar Joseane pra sair e ela aceita gentilmente. Os dois tomam sorvete
juntos e passeiam pela praça conversando alegremente sobre os ensaios na peça
de teatro e o dia-a-dia corrido deles.
- Eu curti
muito a sua apresentação da noite passada. - Ela diz.
- Que bom,
Joseane! Fico feliz que tenha gostado. - Ele responde, grato.
- Você é um
ótimo ator. Sabe representar bem nos palcos.
- Que nada!
Você que é uma boa atriz. Admiro muito a sua determinação em cena. - Ele a
elogia.
Joseane
sorri um pouco e ele continua.
- Mas falando
sério agora, você tem futuro no teatro.
- Hum.
Obrigada! - Diz ela, sorrindo.
Na manhã seguinte em Paraty, Cleusa faz
seus afazeres da casa quando tocam a campainha. Ela deixa a panela de feijão
cozinhando no fogo e resolve atender a porta.
- Oi! Já vou
abrir! - Diz ela, destrancando a fechadura.
Ao abrir a
porta, ela se surpreende com a chegada do filho, que abre um sorriso largo ao
vê-la.
- Alan, meu
filho amado! Quanta saudade de você! - Os dois se abraçam apertados, emocionados
com aquele encontro.
Alan passara
cinco meses na academia militar e estava se formando pra ser piloto de avião de
caça, já que era seu sonho pilotar aviões deste tipo. Seu interesse por aviação
começou desde cedo aos cinco anos, quando via desenhos infantis que continham
personagens pilotos e que faziam várias piruetas no céu. Certo dia, ganhara do
pai – quando ainda estava vivo – um helicóptero da defesa civil e aquela
vontade de ser um piloto ficava cada vez mais forte e incontrolável. Quando o
pai falecera aos dezesseis anos, ele disse para Alan correr atrás do seu sonho
e ir em busca da sua felicidade. Alan entendera aquelas palavras como um
incentivo para a sua carreira que iria começar dois anos depois e tomou uma
importante decisão: ele queria ir para a marinha e se formar como piloto de
avião de caça e Cleusa não podia detê-lo e nem impedi-lo de realizar seu sonho.
Ela se segurou e apertou seu forte coração e permitiu que o filho seguisse a
tal carreira. Cleusa não era diferente de muitas mães. Ela tinha preocupação e
tinha também aquela pontinha de manter os filhos sobre a sua guarda, como se
quisesse protegê-lo o tempo inteiro. Como uma mãe coruja, ela era uma pessoa
que se esforçava ao máximo pra ver seus filhos felizes e cada abraço que ela
dava era um incentivo, uma maneira de dizer que estava sempre ali por perto,
quando fosse necessário e tanto Alan quanto Vânia eram privilegiados por terem
a companhia da mãe por perto.
- Mãe, senti
muito a sua falta! - Diz o filho, largando a mochila no sofá.
- Eu também,
filho! mas conta as novidades! - Diz a mãe, se sentando no sofá.
- Mãe, o
lugar onde estudei é incrível. - Diz ele, decidindo contar passo á passo como
era viver em uma academia militar.
Cleusa
decide ouvi-lo por alguns instantes. Mirela vai à casa de Daniela e Wanda a cumprimenta. Aproveitando a ausência da filha, Wanda decide conversar com Mirela sobre um assunto particular. - Minha filha está determinada em encontrar o Humberto. Acredito que isso não deva ser bom pra ela. - Dona Wanda, me desculpa te dizer isso mas a Dani tem esse direito. - Eu sei, mas eu quero evitar que ela se meta numa confusão. Apenas isso! - Vamos deixar a Dani decidir sobre esse assunto. Ela já sabe que o pai é um empresário milionário e dono de um resort luxuoso. - Tenho medo de perder minha filha. - Diz Wanda, preocupada. Mirela a abraça e a consola. - Dani te ama. Não vai perdê-la! - Obrigada! - Diz Wanda, sorrindo. Ronaldo decide fazer uma ligação para o Jeff e os dois conversam. - Eu preciso confirmar contigo se realmente a pista é certa. - É sim, Ronaldo só não posso confirmar a suspeita de que ele é mesmo o seu avô desaparecido. - Diz Jeff, determinado. - Mas eu pesquisei sobre o assunto e minhas informações chegaram até ao senhor Odilon. - Odilon! - Diz Ronaldo, repetindo por algumas vezes. - Sim. - Eu só vou confirmar de que ele é mesmo o meu avô quando eu estiver cara a cara com ele. - Bom, se passaram muito tempo como você mesmo disse. Ele pode não te reconhecer. - Verdade mas eu quero entrar na vida dele e descobrir tudo. - Uma visita ao ateliê dele seria um passo importante agora. - Diz Jeff. - Mas isso está nos meus planos desde que cheguei aqui. Agora tem uma outra coisa me incomodando. - O que seria? - Saudade da minha branquinha. Preciso ligar pra ela. - Diz Ronaldo. - Ah sim! - Diz Jeff, sorrindo. - Faça isso e boa sorte com a sua visita. Acho que desta vez a gente acertamos na mosca. - Obrigado Jeff pelas informações. Agora é comigo! - Diz Ronaldo, decidido.
Robson
decide reunir a sua família pra contar uma novidade.
- Que
novidade é essa meu filho? - Pergunta Nívea.
- Eu gostaria
de trazer a minha namorada aqui em casa, mãe! - Diz Robson feliz.
Weslley se
levanta do sofá da sala e encara a notícia perplexo.
- Que bom,
meu filho! Eu adoraria conhecê-la. - Diz Nívea, junto do marido. - Quando você
pretende trazê-la?
- Em breve,
mãe! Eu vou conversar com a Mariana pra combinar direitinho.
Nívea fica
radiante ao ver a alegria transparecer no sorriso do filho.
Weslley
decide puxar assunto também.
- E Se
depender de mim, eu também vou trazer a minha namorada pra vocês conhecerem.
Ela se chama Pâmela.
- Pâmela é um
belo nome. Não vejo a hora de conhecermos também. - Diz Nívea, contente.
Weslley
decide ir á cozinha pegar uma cerveja e Robson o segue.
- Você está
bem? Parece que não curtiu muito a novidade?
- Que isso
irmão! Curti sim. Tem certeza que quer mesmo trazer a sua namorada pra todos
conhecerem? Você sabe como nossa mãe é!
- Relaxa,
mano! Mariana é diferente de todas as garotas que conheci e acho que vou
investir nessa relação. - Ele responde, sincero. - Você não imagina o quanto a
amo.
“Eu também,
irmão! Eu também sou apaixonado por ela desde o instante que a conheci naquele
clube no sábado á noite.” - Pensa ele por alguns instantes, quando Robson o
distrai:
- Tem alguém
ae?
- Ah
desculpe! Foi mal, irmão! - Diz Weslley, se desculpando.
- Tudo bem.
Acho que você precisa encontrar a sua garota, mano! Você não está legal hoje. - Ele brinca.
- Tem razão,
Robson! E é o que vou fazer agora. - Diz Weslley, saindo porta afora.
E Weslley
telefona pra Pâmela e pede que o encontre pela manhã. A jovem fica sem entender
mas não recusa o pedido do rapaz. Ao desligar o telefone, ela vira-se á Shania
e diz:
- O Weslley
acabou de marcar um encontro comigo. Ele quer que eu o encontre amanhã!
- Amiga, o
que será que houve? Por que o Weslley quer te ver amanhã?
- Eu não sei,
Shania! Será que o Robson descobriu que eu conheci o irmão dele antes?
- Não pode
ser, Pâmela! Se Robson descobrisse a verdade, ele estaria te ligando agora
furioso. Se ele não ligou, é porque existe outro motivo!
- Eu só
espero que tudo dê certo e que essa situação seja resolvida com calma e sem
nenhum desentendimento.
- Amiga,
vamos torcer para que tudo dê certo mesmo!
- Mas e ae, o
que faço? Vou neste encontro ou não?
- Mas é claro
que você vai. Você precisa saber o que está acontecendo!
- Eu vou
ligar pra ele, Shania! - Diz Pâmela, começando a discar o número.
Shania fica
aguardando a jovem telefonar.
No primeiro
toque, Weslley atende com uma voz séria e diferente.
- Eu estou
ligando pra saber o que está havendo por ae? - Pergunta ela preocupada.
- Não está
havendo nada, Pâmela! Não está havendo nada ainda.
- Como assim,
Weslley? - Ela se indaga.
- Pâmela, por
que você continua ocultando a verdade para o meu irmão?
- Weslley, eu
não tive coragem de dizer a verdade á ele.
- E agora pra
completar, você vai vir na minha casa e conhecer a família inteira?
- Oi? - Pâmela fica em choque. Verônica fica pensativa enquanto toma seu uísque de frente para a piscina quando se lembra de que Tenório pode saber onde mora a amante do seu pai e ela não hesita e pede para a empregada chamá-lo imediatamente. Assim que o piloto se aproxima, ela o interroga: - Eu quero o endereço da amante do meu pai. - Como assim, Verônica? Ficou doida! - Não mas vou ficar se você não me disser. - Eu não vou lhe dizer nada. Eu só devo obrigações para o meu patrão. - Tudo bem. Deixa pra lá. Eu mesma vou descobrir sozinha. - Diz ela, se afastando e o deixando sério. Em imediato, Tenório vai no escritório e passa a informação para Humberto que fica irritado. - Verônica não pode interferir no meu passado desse jeito. Mas que raiva! - Pior se ela descobrir aquele assunto, patrão. - Diz Tenório. - Jamais. Vire essa boca pra lá! Vamos tentar ser discretos e não deixar que ela chegue na Wanda. - Diz o empresário, preocupado. Do lado da porta, Verônica ouve a conversa e fica com um olhar sério. "Então ela se chama Wanda? Bom saber!"
- Você quer que eu reabra o caso
do seu filho desaparecido? Sinto muito, mas eu não posso abrir esse caso sem um
indício. Você tem alguma informação nova?
- Eu não tenho nenhuma
informação, delegado. Ainda.
- Então, por que quer que eu abra
esse caso de novo?
- Por favor, o senhor tem que
abrir a busca. Eu sinto que o meu filho está próximo.
- A senhora não entende. - Diz o
delegado, coçando a cabeça.
- Delegado Jota, somos amigos ou
não? O senhor me conhece há dezessete anos. Me ajudou muito á procurar o meu
filho. Eu tenho esperança que o meu Luís esteja vivo. Por isso, eu te peço
encarecidamente: me ajude á procurar o meu filho novamente.
- Martha, nós somos amigos, sim,
mas veja o meu lado. Eu também quero muito que você encontre o seu filho. Mas
eu não posso abrir o inquérito sem provas. Eu preciso de algo novo pra poder
recomeçar a busca. Eu sinto que você um dia vai encontrá-lo. Desculpe por não
poder te ajudar.
- Eu fiz uma burrice em ter vindo
lhe procurar.
- Não, Martha. Eu entendo o seu
motivo. Você ainda sente falta do seu filho e eu me orgulho disso. Você é mãe,
como eu não poderia entender? Eu só preciso que me ajude também, afinal, eu
trabalho na polícia há quinze anos, eu vejo cada caso que você jamais o viu
igual. Eu vejo todo dia entrar pelo meu escritório. É caso de agressão, de
acidentes, de assassinato... Eu sei o quanto é difícil pra você perder o seu
filho.
- Então me ajuda por favor!
- Martha, eu torço muito pela sua
felicidade. Não se sinta desse jeito. Eu só quero que saiba que você pode
contar comigo pra tudo. O que tiver ao meu alcance pra te ajudar, eu faço com
prazer e dedicação.
- Obrigada, Jota. Eu fico grata
com o seu carinho por mim. Mas eu preciso realmente achar o meu filho.
- Então, vai pra casa e tenta
descansar um pouco. Reflita sobre o que conversamos e se tiver uma informação
nova a respeito de Luís, me procure.
- Pode deixar, Jota. Desculpe
pelo incômodo.
- Não precisa se desculpar. Eu
fiquei muito feliz com a sua visita.
- Boa noite! - Ela se despede.
- Boa noite, Martha! -Ele diz.
Ao deixa-la sair, o delegado fica
pensativo e volta para sua mesa, onde pega o retrato falado da sequestradora de
Luís.
“Se essa mulher for realmente a
sequestradora, eu não vou poder esconder isso por muito tempo.”
E de repente, ele decide fazer um
telefonema.
- Oi! É a dona Laís? Tudo bem? Eu
sou o delegado Jota e gostaria de conversar contigo pessoalmente. É importante!
Ok! Passo aí ainda hoje em sua casa. Abraços! - E desliga.
Horas depois, Laís se encontra
diante do delegado e fica com uma expressão séria. Jota fica observando o jeito
dela.
- Parece que essa foto lembra
alguém né?
Nesse momento, ela olha para os
olhos dele e responde:
- Betina. Essa mulher eu conheço.
- Uma esperança. Onde posso acha-la?
- Eu não sei. Mas juro que nunca
pensei que ela pudesse ser uma sequestradora.
- Laís, quem é Betina? Pode me
descrever?
- Delegado, essa mulher era
simpática, amigável. Eu mesma não a conhecia muito bem. Lembro que ela fora
convidada por pessoas da própria vizinhança mesmo pra festa do meu filho, mas
eu não vi problema nenhum em não deixá-la entrar na época.
- Pois é Laís! Por uma visita de
uma desconhecida em sua festa, o Luís desapareceu. -Diz o delegado, fazendo ela
ficar séria.
- Mas será que ela teve coragem?
Faz muito tempo mas me lembro como se fosse ontem: logo após o ocorrido na
festa, a gente chegou a conversar depois talvez no mesmo dia, não sei! – Diz
Laís, se sentindo indignada.
- Ela pode ter feito isso pra não
chamar atenção. Conheço pessoas desse tipo! Agem na falsidade e na esperteza. –
Diz o delegado, fazendo algumas anotações.
Na manhã seguinte, Mariana toma o
seu café correndo e encontra a mãe deitada no sofá.
- A senhora dormiu aqui? - Ela se
indaga.
- Sim. Eu me senti cansada e
acabei pegando no sono.
- E o papai, onde ele está?
- Acho que ele está dormindo.
De repente, a empregada chega e
encontra as duas.
- Senhora Martha, o Adalberto
pediu pra avisar que ele teve que sair mais cedo pro escritório pra revisar uns
documentos.
- Mas ele já foi trabalhar? - Se
indaga Martha. - E nem falou comigo.
- Sim, senhora. - Responde Dulce.
- Eu não acredito! -Diz ela,
indagada.
- Deixa mãe! Eu também já vou!
Beijos! -Diz a filha, beijando em seu rosto.
- Você não vai tomar o seu café?
- Eu já tomei. Tô indo! Preciso
chegar cedo na clínica.
- Filha, espere! Eu queria ter um
minuto com você.
- Bem, fale! -Diz ela,
organizando sua bolsa.
- Eu estive na delegacia ontem.
- Fazendo o que lá?
- Eu pedi pro delegado abrir o
caso do seu irmão.
- Mãe, por que fez isso?
- Desculpe, filha. Mas eu achei
que seria necessário.
- Agora não dá tempo de
conversarmos sobre isso, mas quando eu voltar, eu quero saber direitinho dessa
história. Ta bom!
- Tudo bem! Vá com Deus, filha! -Diz
Martha.
- Beijos gente! - E ela fecha a
porta correndo.
A empregada observa e comenta com
Martha:
- Desde que começou a trabalhar
nessa clínica, ela parece estar mais feliz.
- Claro! Ela está gostando demais
da clínica. Só não pode me trocar pelo trabalho. -Diz ela, rindo.
- E a senhora Dona Martha, o que
vai querer pro almoço?
- Ah nem sei. Prepara alguma
coisa que a minha mãe queira sei lá. Eu não quero pensar em almoço agora.
- Tudo bem então! Com licença! -Diz
a empregada se retirando.
Martha descansa um pouco a cabeça
no travesseiro do sofá e observa o celular. Ela decide fazer uma ligação. E a
pessoa claro atende em imediato.
- Martha! Que bom ouvi-la! -Diz
Rubens sorrindo.
- Oi tudo bem Rubens?
- Melhor agora.
Ela sorri um pouco.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não. Eu só liguei pra saber
como vão as coisas.
- Na mesma né? Eu não quero
desistir da minha empresa.
- Eu sei. Faço ideia do quanto
você lutou por ela.
- Sim. Mas sua mãe não entende
isso.
- Não vamos falar dela ok! Só
quero Rubens que você consiga atingir seus objetivos.
- Obrigado Martha! A cada dia que
passa, está cada vez mais linda.
- Preciso desligar. Beijo! -Diz
ela séria, mas com aquele pensamento longe.
Vera chega ao escritório e
encontra a secretária que a avisa que Adalberto a espera. Ela entra e o
encontra.
- O que faz aqui em meu gabinete?
Acordou cedo?
- Sim, eu acordei. Queria te
falar uma coisa.
- Eu estou atenta. Fale!
- Vera, eu quero saber uma coisa
de você. Por que você odeia tanto o Rubens?
- Ora essa, por que a pergunta?
Eu o odeio porque ele possui uma concorrência com a minha empresa. Ele está
sempre no meu caminho.
- Vera, acho que não é só por
isso. Que motivo a mais você tem contra ele?
Augusta põe o almoço na mesa e
observa os olhares dos filhos.
- Por que estão olhando assim
desse jeito?
- Mãe, só tem isso. Diz Natan.
- Sim, por que? Vão! Comam!
- Mãe,
eu não aguento mais comer essa comida! Eu queria alguma coisa diferente. -Reclama
Rayane a mãe Augusta que passa a mão na testa cansada. - Filha, pára de reclamar e dá graças à Deus que
ainda tem algo pra se comer nessa casa. E de repente, ela senta na mesa e começa a
chorar de cabeça baixa. Rayane se aproxima da mãe e diz: -Desculpa! Augusta
a abraça fortemente e depois se aproxima do outro filho e beija em sua
testa,dizendo: - Desde que aquele cachorro do seu pai nos deixou,
a nossa vida não foi mais a mesma. Vocês dois são meus orgulhos agora e deixo
de até me alimentar pra saciar a fome de vocês. Oh vida difícil meu Deus!
Os três se abraçam na cozinha diante da mesa.
Mariana
passeia pela rua olhando as roupas que estavam nas vitrines do lado de fora da
loja e admira as peças femininas, principalmente as florais. Nesse momento,
Mateus passa perto dela caminhando devagar e indo em direção a casa de Beatriz,
sua tia que morava por ali próximo. Ele chega na casa da tia e a
encontra, lavando as roupas.
- Tia Bia! -Ele a chama.
- Mateus, o que faz aqui?
- Eu posso ficar aqui por uns
tempos?
A mulher percebe o seu rosto
triste e a mochila em seus braços.
- Por favor, tia!
- Eu não sei, Mateus. -Se
preocupa ela.
- Por favor! -Ele implora.
Na delegacia, o delegado conversa
com alguns policiais, quando uma mulher chega desesperada.
- Aconteceu algo, senhora?
- Eu quero o meu filho, delegado.
- Seu filho? -Indaga ele.
- Ele desapareceu de casa. Estou
muito preocupada.
- Cuide dela, que eu vou pegar um
copo de água. -Diz o delegado, saindo.
Um dos oficiais o conforta,
quando Martha chega.
O delegado a encontra.
- Martha, que prazer vê-la aqui!
- Oi, delegado! Eu posso trocar
algumas palavras contigo?
- Claro. Mas você deve me
esperar, por que eu tenho um caso a cuidar agora.
- Tudo bem. Eu aguardo.
- Já volto! -Ele sai, indo para o
escritório pra saber o ocorrido com a mulher.
Nesse momento, ela se lembra de
seu filho e da situação que vivera no dia que Luís fora desaparecido ao ver a
pobre mulher chorando pelo sumiço do filho.
Beatriz fica preocupada com a
atitude do sobrinho.
- Mas você saiu de casa, sem
falar com a sua mãe? -Pergunta Bia, preocupada.
- Como, tia? Ela só vive bêbada.
Aquela casa tem cheiro de bebida pra todo lado.
- Sua mãe não tem jeito mesmo. Eu
vou puxar forte aquelas orelhas dela pra aprender a tomar jeito.
- Tia, me deixa ficar aqui! Eu te
prometo que não vou te dar trabalho.
- Mateus, se a sua mãe descobre
que você está aqui, ela vai vir te buscar.
- Eu não volto mais pra lá!
- Eu não posso deixar você ficar
aqui.
- Por que?
- Mateus, tenta entender.
- Eu tenho dezessete anos. Sou
maior de idade.
- Mas ela é a sua mãe, Mateus.
- Eu não volto, tia. Não adianta!
- E o que você vai fazer? Vai
morar nas ruas? Vai se tornar um mendigo?
- Se for pra jamais voltar á
aquela casa, eu moro nas ruas, sim.
- Você está louco, Mateus!
- Eu não estou brincando, tia.
Não tenho rumo certo mesmo. -Diz o rapaz, cheio de raiva por dentro.
Marcos chega de viagem e Beth se
alegra ao vê-lo.
- Como foi a viagem, meu filho?
- Foi boa, mãe. Onde está meu
irmão?
- Ele saiu com a namorada. Me
conta tudo, que eu quero saber tintim por tintim.
- Ta certo! Eu vou te mostrar as
fotos que tirei da estátua da liberdade. Show de bola!
Beth fica ansiosa pra ver as
fotos e ele as mostra.
Na
mansão, Laerte chega no escritório e encontra Vera que calma, analisa alguns
documentos importantes da empresa.
-
Mandou me chamar senhora?
-
Mandei sim. Entra e fecha a porta!
O
motorista obedece e ao sentar-se diante dela, fica um pouco tenso e ela
percebe.
-
Está nervoso?
-
Não senhora. Eu estou bem.
-
Não parece. Está tremendo.
-
É impressão sua. Eu estou bem.
-
Sei. Mas vamos ao que interessa.
-
Senhora, antes de falar quero que saiba que amo demais esse trabalho e que é
uma honra enorme trabalhar aqui. A minha vida é servi-la. -Diz ele, um pouco
nervoso e se enrolando nas palavras.
Vera
fica séria ao ouvir aquilo e diz:
-
Você bebeu hoje?
Laerte
então se controla um pouco e faz um gesto negativo com a cabeça.
-
Ótimo! Então não fale besteira. Eu não vou te demitir.
-
Ai que bom! Eu fico aliviado em saber disso.
-
Te chamei aqui por uma outra razão.
-
Diga minha patroa querida!
-
Sem bajulações! Eu quero que você dê um susto em Rubens. Mas de uma forma
discreta. Deu pra entender? -Diz ela, piscando o olho a ele que sorri.
Enquanto isso, Carlos namora
Vivian nas ruas da cidade.
- Você já escolheu pra onde vamos?
- Amor, eu estou indecisa. Eu não
sei se viajamos pra algum lugar aqui mesmo no Brasil ou se vamos para o Taiti.
- Você sabe que qualquer lugar
que irmos, não me faz diferença.
- Eu sei, meu amor. -Ela o beija
nos lábios.
- E o clube?
- O que tem o clube?
- Ainda não saiu de lá?
- Carlos, não vamos começar com
essa história.
- Eu te pedi tanto pra deixar
aquele clube.
- Carlos, se você teimar com isso
novamente, eu vou me chatear. Foi lá que nos conhecemos. Eu não posso largar o
clube agora.
- Eu sei. Você precisa encontrar
outra jovem que ocupe o seu lugar.
- É isso mesmo. Por isso, eu não
posso deixar o meu trabalho, Carlos.
- Desculpa! -Ele a abraça.
- Eu te amo muito. Quero que saiba
disso.-Ela o encara séria. - Não vamos discutir esse assunto de novo, ta!
- Ta legal! - Ele responde. - Só
que quando nos casarmos, eu não quero mais vê-la se exibindo nos palcos.
- Não se preocupe, amor! Assim
que eu conseguir uma pessoa pra colocar no meu lugar, eu me afasto dos palcos. -Diz
Vivian, decidida.
Após terminar o seu
interrogatório com a mulher, o delegado decide conversar com Martha.
- Algum caso novo de
desaparecimento? -Ela questiona.
- Sim. Percebeu, né?
- Quando a vi, lembrei-me do meu
desespero também.
- Entendo. É complicado, Martha.
Bem, o que deseja?
- Delegado Jota, eu vim te pedir
algo.
- Sim. O que se trata?
- Quero que reabra o caso do meu
filho de novo.
- Martha, por quê?
- Por favor, faça o que eu estou
te pedindo.
- Você não desistiu mesmo, né?
- Eu não vou desistir nunca.
Enquanto eu não achar o meu filho, eu não sossego. O senhor vai fazer o que eu
estou lhe pedindo? - Pergunta ela, sofrida ao delegado que a encara sério.
No seu primeiro dia de trabalho, Mariana conhece o
seu novo chefe Orlando e alguns funcionários de lá. Sua maior surpresa foi
encontrar uma antiga rival de escola. Sandra era o seu nome. Ela tinha cabelos
curtos negros e olhos da mesma cor, além de um corpo magro e estatura baixa.
Diferente de Mariana, que tinha olhos claros e cabelos meio chanel, num corpo
físico atlético.
- Posso saber o que está
fazendo aqui? -Pergunta Sandra com a mão na cintura. - Meu pai do céu! Você aqui garota? Eu devo ter
cometido algum pecado. Só pode!-Diz Mariana. - Quanto tempo hein Mariana? Desde o colegial
que não olho para as suas fuças. Posso saber porque está invadindo meu pedaço? - Seu pedaço. Ora! Não me faça rir. Aqui é um
hospital, um lugar público e eu sou a mais recente contratada pelo Dr. Orlando. - Ele não pode te contratar porque já tem a mim
aqui. - Ah é? Bom, então vai falar com ele querida já que
o pedaço é todo seu né?
- Mariana, vamos deixar bem claro que eu não quero
a sua amizade. Você pode estar trabalhando aqui, mas eu não quero ter nenhum
tipo de amizade contigo.
- Sandra, eu pensei que você mudou em relação a
mim.
- Você se enganou, Mariana. Eu ainda a odeio,
desde os tempos da escola.
- Você não vai esquecer o passado mesmo, né? Você
jamais me perdoou por eu ter competido contigo naquele concurso de
representante da escola.
- Você sabe que não é só por isso que eu a odeio.
Você sempre foi a queridinha da turma. Foi uma boa representante, se fez de uma
pessoa intelectual, companheira. Eu nunca tive esse privilégio. Você foi a
melhor da escola.
- Isso tudo é tão infantil, Sandra. Nós crescemos,
nos tornamos adultas. Amadurecemos. Vamos esquecer o passado por favor!
- Você pode esquecer o passado, mas eu não.
Mariana, quero que saiba que eu vou fazer de tudo pra você sair daqui. Nem que
pra isso, eu tenha que fazer o impossível.
- Você me odeia tanto assim, a ponto de me
prejudicar?
- E o que você acha, Mariana? Acha que eu vou
passar uma borracha em tudo e deixar como está? Eu estou no meu local de trabalho
e você não merece ficar aqui queridinha.
- Sandra, eu não vou sair daqui tão rápido quanto
pensa. Eu só saio, se Orlando mandar. Tenha um bom dia! -Ela sai.
- Você vai sair ou eu não me chamo Sandra.-Ela
diz, pegando em seu braço esquerdo.
Mariana fica boquiaberta com as palavras da rival.
- Você é louca! -Diz Mariana em seguida.
- Mas você se acha né garota! -Diz Sandra, cheia
de si apontando o dedo pra ela.
- Quem está se achando aqui é você! -Diz Mariana
nervosa.
Orlando chega e encontra as duas discutindo.
- Mas que algazarra é essa aqui no hospital?
- Desculpa chefe! Eu perdi a compostura. -Diz
Sandra, tentando ser inocente.
- Aconteceu alguma coisa para que vocês duas
pudessem estar nervosas?
- Não! -Diz Mariana, tentando amenizar aquele
clima. - Só houve um pequeno mal-entendido, entre mim e essa garota, mas está
tudo bem né Sandra?
- Sim. Está tudo ótimo. -Diz ela, séria e imóvel.
- Mariana venha pra minha sala! -Diz Orlando sério
e fazendo a jovem a acompanha-lo.
Sandra fica irada por dentro ao ver que a sua
rival se encontra no mesmo local que ela.
Enquanto isso, um rapaz rouba uma padaria e
provoca confusões nas ruas. A polícia o segue em cada esquina. Esse rapaz de vinte
e um anos é um encalço para o delegado local que tem um forte desejo de
prendê-lo.
- E vocês, conseguiram pegá-lo? - o delegado pergunta,
bravo á um dos policiais que chegam no seu gabinete.
- Não conseguimos. O moleque é mais rápido que
nós, senhor. -Diz o oficial.
- Que droga! Da próxima vez que o encontrar, seja
esperto do que ele. Não o deixe escapar.
O adolescente volta pra casa e encontra a mãe
embriagada.
- O que você pegou pra mim hoje? -Ela pergunta.
- Eu não consegui nada. -Ele mente, escondendo o
dinheiro por detrás do bolso.
- Seu mentiroso, safado! -Ela o agride com
palavras. -Eu quero a grana.
- Esse dinheiro é meu! Fui eu que peguei. -Diz o
adolescente rebelde, de boné vermelho, olhos negros, cabelos da mesma cor e
caucasiano, ao ver que a mãe o tomara dele.
- Seu é uma pinóia! Quem te sustenta aqui? Sou eu
ou você? -Diz a mulher irritada.
- Eu que me sustento, mãe. A senhora não trabalha,
mas manda eu roubar.
- Filho ingrato! Você vai ficar de castigo. Merece
uma coça pra aprender a respeitar os mais velhos.
- Eu tenho vinte e um anos. Eu cresci, mãe.
- E daí? Você vai para o seu quarto agora e vai
ficar sem jantar.
- Eu odeio a senhora. -Ele sai, irritado. - Eu
odeio tudo nessa casa.
- Lava essa boca com sabão antes de falar da
comida que come e das roupas que usa. -Diz ela, enchendo o copo de cerveja.
Essa mulher que hoje se passa como
mãe, tem 1.75 de altura, cabelos compridos negros, pele morena e olhos
castanhos. Ela se chama Betina, a sequestradora.
- Um dia vai me agradecer por tudo que estou
fazendo. – Diz ela.
Na mesma cidade, existe uma família que espera um
novo membro chegar. Estou falando de Beth, uma mulher viúva de cinqüenta anos, dona
de cabelos loiros e olhos castanhos que tem um filho chamado Carlos Augusto e
que espera ansiosa pelo outro filho, Marcos. Carlos tem uma namorada chamada Vivian,
uma jovem dançarina de clube, que possui cabelos longos negros até o pescoço e
um corpo magrelo, no qual a ama muito. Mas Beth não a suporta por achar ela
muito esnobe.
Já Marcos é um playboy, boa pinta, que faz da vida
uma festa. Ele não se preocupa com nada e acha que tudo é normal. Apesar de ter
largado a escola cedo, o rapaz tem um forte desejo de ganhar grana fácil sem
nenhum tipo de esforço. A faculdade de administração ele nem mais pensa em
continuar.
Quanto á Augusta, uma mulher negra e de olhos claros e destemida, que tem um casal
de filhos chamados Natan e Rayane, passa por certas dificuldades em sua vida,
mas luta dia por dia pra trazer o sustento para o seu simples lar. Ela possui
uma casa que sofre com alagamentos e rachaduras e o seu maior sonho é
reformá-la. Só que a sua situação financeira não é das boas, portanto o motivo
de sua tristeza. Seu marido a largou pra viver uma aventura amorosa e a deixou
com os dois filhos sem se importar com o futuro deles. Mas ela não se entrega a
amargura. Ela luta até o fim pra realizar seu sonho da casa própria, nem que
para isso, ela tenha que pedir ajuda.
No escritório de umas das empresas mais luxuosas
do país, Vera Lopez, uma das famosas empresárias, de cabelos castanhos
avermelhados e um par de olhos negros, assina alguns documentos importantes,
quando Rubens Couto, de pele caucasiana, usando
óculos e corpo magro, a encontra.
- Rubens, você por aqui? Qual é o motivo de sua
visita?
- Vera, deixa de ser cínica uma vez na vida.
- Por que está me ofendendo em meu local de
trabalho?
- Você sabe por que estou aqui.
- Ah, claro. Eu imagino a sua raiva contra mim. É
por causa da empresa, não é?
- Sim. O meu assunto é sobre a empresa. Por que
está tentando comprar os meus sócios?
- Rubens, sua empresa não vale mais nada. Ela está
falindo. Você tem que reconhecer isso. Eu sou a sua esperança.
- Eu não vou deixar você se meter nos meus
negócios.
- Presta atenção! Eu quero comprar a sua empresa e
salvar a sua vida Rubens. Você só tem que me vender ela pra mim.
- Jamais farei isso, Vera. Você pensa que vou
desistir assim? Está enganada ao meu respeito.
- Ótimo. É guerra que você quer?
- Sim. -Responde ele.
Então, você terá, Rubens. Sua empresa irá ser meu
um dia. Pode acreditar!
- Nem passando pelo meu cadáver, sua cobra! -Diz
ele, saindo da sala transtornado e atraindo atenção dos funcionários dela.