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Quarto Capítulo de Com Quem Eu Fico?


Weslley decide voltar para o carro e fica incomodado com a cena que acabara de ver no clube: seu irmão com a garota que ele gostava. Os momentos de Pâmela ficaram grudados em sua mente, transmitindo por diversas vezes cenas do primeiro beijo no clube e da primeira música que dançaram juntos. E agora, a cena de Robson pegando nas mãos da sua amada e os dois cada vez mais próximos. Weslley fica impaciente e pensa em voltar para o clube com o propósito de chegar até eles e dizer que a tal jovem da internet fora a mesma que ele havia ficado naquela noite, mas a decepção de seu irmão mais novo falou mais alto e ele se conteve por um momento. E quanto ao fato de saber que Pâmela não tinha falado seu verdadeiro nome ao seu irmão? Por quê ela fez isso? Em sua mente se passava várias coisas. Ela poderia estar mentindo pra ele também.
Weslley sabia como era Robson particularmente, ou seja, conhecia suas qualidades e seus defeitos e um dos seus princípios era a verdade absoluta em tudo. Robson jamais perdoaria uma traição e mesmo que falasse á ele que tudo não passara de um grande engano, ele não acreditaria. Se sentiria péssimo, magoado e um verdadeiro otário por ter deixado o caminho livre para seu irmão naquele dia que seria especial pra ele. Especial porque tudo que Robson queria de Pâmela era que os dois tivessem algo mais do que um mero encontro, cuja palavra referente designava apenas prazer. Uma possível troca de forças mútuas, uma relação mais envolvente de desejo e paixão veraneio, diferentemente de qualquer sentimento de carinho e dedicação no qual Weslley admirava muito e tinha forte consciência de tal.
Segundo Weslley, Robson era um cara “pegador”. Conquistava as mulheres só pra conseguir um objetivo: passar a noite com elas e depois, ele a descartava, que no bom português, não fazia a menor questão de vê-las novamente. Ele sempre fora assim desde a adolescência. 
Já Weslley não! Pra ele, sentimento que tinha amor e fidelidade era um grande trunfo de alegria em sua vida. Namorou algumas garotas e sempre foi atencioso com elas, dando-lhe respeito e aproveitando cada momento da sua vida ao lado das suas parceiras. Foram paixões que duraram pouco, mas que marcaram sua vida pra sempre, deixando um traço de amizade e companheirismo em cada fase que vivia.
E relembrando tudo que vivera até agora, Weslley decide não voltar ao clube, mas decidiu voltar pra casa e pensar num jeito de esmagar aquele sentimento por dentro. Somente assim, ele estaria deixando seu irmão ser feliz com a pessoa que tanto ama.

Marcelo decide puxar conversa com Priscila, que fica calada o tempo todo enquanto estava no carro.
- Você conseguiu terminar a faculdade? - Ele pergunta.
- Sim. - Ela responde, sem desviar os olhos do lado de fora da janela.
- Eu tranquei a minha. Tive que trabalhar fora do país por alguns meses. - Ele responde.
- Hum. Você ainda pretende continuar? - Ela questiona.
- Talvez sim, mas estou pensando no assunto.
- Que bom! - Ela diz, sem dar muita importância.

Carona

- Eu soube que você se separou de uma relação conturbada.
- Eu não gostaria de entrar neste assunto. Por favor!
- Ok. Eu me calo! - Responde ele. - Desculpe se fui inconveniente.
- Melhor assim. Por favor, pode me deixar naquela esquina ali? - Ela indica.
- Mas por quê? Olha, se foi porque eu toquei no assunto do seu casamento, me desculpe ok! - Diz Marcelo, já intrigado.
- Por favor, Marcelo! Eu gostaria de ficar por aqui. Tudo bem pra você?
- Bom, já que você insiste tanto. - Diz Marcelo, estacionando o carro na esquina em frente.
- Obrigada pela carona! - Ela agradece e sai do carro.
- Você não vai ficar chateada comigo, vai?
- Claro que não! Imagina. Tchau! - Ela se despede com um aceno e segue em frente.
Marcelo fica pensativo diante do volante e se acha um tolo por ter feito tudo errado.

Alguns minutos depois, Priscila bate á porta de Michele e as duas decidem conversar um pouco.
- Eu não sabia que você viria, amiga! Se soubesse, tinha preparado mais um prato na mesa.
- Sem problemas, My! Eu só passei pra vê-la mesmo e conversar com você por alguns minutos.
- Ah claro! Entre então! Só não repare na bagunça. Não tive tempo de limpar nada ainda. Cheguei do trabalho quase agora.
- Não esquenta com isso!  - Diz ela, ignorando.
- Mas diga o que aconteceu pra você vir em minha casa hoje?
- Bom, a gente se conhece há muito tempo né?
- Sim. Mais ou menos uns cinco anos desde os tempos da faculdade.
- Bom, lembra-se do Marcelo?
- Se lembro. Ele foi um tremendo chato na faculdade. Vivia correndo atrás de qualquer menina e até você não escapava das perseguições dele. - Diz ela, rindo.
- Nem me fale, amiga! Foi uma chatice ter topado com ele na faculdade. - Diz ela, seriamente.
- Mas até que foi engraçado, né? Eu me divertia muito com ele! - Diz Michele, percebendo o olhar diferente da amiga. - Mas o que houve, amiga? O que o Marcelo tem a ver com isso?
- É que eu peguei uma carona com ele agora há pouco depois do trabalho e senti que ele está tentando se aproximar de novo. - Ela revela, deixando a amiga em silêncio.


Ao chegar em casa no seu carro, Weslley percebe que seus pais estão dormindo e é forçado á acordá-los, tocando a campainha da porta de entrada. Wanderson e Nívea ouvem o sinal estridente da campainha e despertam assustados.
- Só pode ser um dos nossos filhos! - Diz Nívea.
- Mas eles estão com as chaves. - Responde Wanderson.
- Algo deve ter acontecido então! - Diz ela. - Não acha melhor abrir?
- Eu vou verificar antes. Fique aqui! - Diz Wanderson, saindo da cama e vestindo seu roupão.
Chegando na porta, Wanderson ouve o chamado de Weslley e abre.
- Filho, você não estava com as chaves não?
- Não pai. Eu esqueci com o Robson. - Diz ele, entrando.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não pai. Desculpe ter te acordado á esta hora da noite!
- Tudo bem! Eu vou avisar á sua mãe que você acabou de chegar.
Weslley decide ir á cozinha pra pegar algo pra comer e Wanderson volta para o quarto.
"Pensando melhor, acho que não vou desistir da Pâmela não! Se ela quiser que eu saia da sua vida, ok! Mas por mim, eu não vou desistir! Não vou mesmo." Ele reflete sob á mesa.

Na saída do clube, Pâmela fica hesitante em contar que conheceu outro rapaz á Robson, mas percebendo que ele era simpático e parecia ser uma pessoa bacana de lidar, ela acabou se apaixonando por seu jeito simples e descontraído.
- Saiba que hoje foi uma noite muito especial pra mim! - Diz Robson, feliz.
- Eu também digo o mesmo. - Diz ela. - Mas...
- Não diga nada! - Ele a beija em seus lábios suavemente e ela se rende.
Logo após, ele sussurra em seu ouvido:
- Desde que te conheci no chat, eu sabia que daríamos certo. Você é perfeita, Mariana!
A jovem sorri um pouco e diz o mesmo á ele.

Mãos Juntas


Nesse ínterim, Wanda recebe a ligação de Yuri, que exige falar com Dani.
- Yuri, eu não quero mais que você procure a minha filha. Ela está magoada com você e, portanto, não quer te ver nem pintado. Acho melhor você parar de ligar pra cá.
- Eu gosto da sua filha, D. Wanda. Eu sei que cometi uma bobagem. Eu não devia ter feito aquilo, mas a senhora precisa me deixar falar com ela. Eu queria muito que ela me escutasse.
De repente, Dani entra porta adentro.
- Mãe, quem está no telefone?
- Filha, é o Yuri. Ele quer falar contigo! - Ela diz, ao vê-la.
- Mãe, diz que eu não estou. Por favor!
- Eu já tentei. Ele quer falar com você. Pelo amor de Deus, dê uma chance a ele e o escute. Nem que seja a última vez.
- Tudo bem! - Ela pega o telefone das mãos de Wanda, que sai. - Diga, Yuri? O que quer?
- Dani, estou feliz que tenha atendido. Por favor, eu preciso que você me ouça com atenção.
- Yuri, eu não tenho muito tempo. Portanto, fale logo o que quer.
- Eu te amo, Dani. Eu te amo muito. Acredite!
- Você me ligou pra dizer isso? Ora!
- Não! Eu também queria te pedir desculpas e te dizer que o meu namoro com a Verônica não é serio. Ela sempre quis investir em nós dois e eu não gosto muito dela. Eu queria terminar tudo. Acredite em mim.
- Por que, Yuri? Por que me decepcionou? Eu achava que você era diferente. Eu vi que me enganei.
- Dani, você precisa acreditar no meu amor.
- Sabe de uma coisa, Yuri? Vá procurar a Verônica e nunca mais me procure. Esqueça esse número e desista de uma vez por todas. Eu jamais vou cair nas suas lábias de novo. Estamos entendidos?
- Dani! - Ele suplica ao telefone.
Ela desliga num só toque e sente-se aliviada.
"Eu prometi que não ia me lamentar. Hoje, não!"

De manhã na ilha de Lopes Mendes, Humberto se despede da filha, antes de entrar no helicóptero. Os empregados recebem as ordens do patrão.
- Filha, você vai ficar bem. Não se preocupe! - Diz ele, a abraçando.
- Eu espero que o senhor volte logo. Eu não quero ficar sozinha por muito tempo. - Diz Verônica.
- Não vai! Agora preciso ir.
Ele entra no helicóptero. Tenório liga os motores.
- Tenório, vê se cuida da minha filha quando voltar! - Ele pede.
- Claro, senhor. Pode ficar tranquilo!
Humberto acena as mãos pra Verônica, que o olha séria.
O helicóptero levanta voo e parte. A ilha e todo resort são deixados pra trás naquele exato momento. Tenório sorri com Humberto, ao vê-lo próximo a janela e diz:
- Senhor, faremos uma viagem tranquila. Não tenha medo!
- Ora, eu não estou com medo. - Ele brinca. - Eu só estou preocupado com a minha filha.
- Não precisa se preocupar, senhor. Verônica está bem grandinha. Ela sabe se cuidar. Fica frio!
- Você tem razão! - Ele diz. - Acho que estou me preocupando á toa.
- E agora o senhor não tem mais motivos pra isso né já que ela terminou o namoro com o rapazinho lá. - Ele comenta.
- Tenório, você não imagina o quanto eu fiquei aliviado com isso.
Verônica fica observando o helicóptero se afastar e fica matutando sozinha:
"Acho que preciso dar uma festa aqui em casa"
- Matildeeee!!!!!!!! - Ela grita a empregada que chega logo rapidamente.
- Oi patroa! Em que posso ajudá-la?
- Eu quero dar uma enorme festa. Preciso disso aqui todo arrumado.
- Sim, senhora! - Diz a empregada, gentil.

Praia de Lopes Mendes
Lopes Mendes
"Conhecida como a mais famosa de toda a Ilha Grande, Lopes Mendes oferece muita sombra por debaixo de suas amendoeiras e ponto ideal para quem procura um dia de surfe."
Ronaldo se despede de D. Cândida na pousada.
- Então, você vai viajar? - Ela pergunta, intrigada.
- Sim. E aqui está o dinheiro que eu devo à senhora. - Ele entrega uma pequena quantia. - Eu queria me desculpar pelo atraso.
- Obrigada, Ronaldo! Mas que mal lhe pergunte: por quê está se ausentando do Rio? Aconteceu algo?
- Não, senhora. Eu tenho um assunto pra resolver e é de grande importância. Mas brevemente, estarei de volta.
- Espero que faça uma boa viagem.
- Obrigado! E me desculpa qualquer coisa! - Diz ele.
- Que isso! Nada pra se desculpar.
Gabriela ouve a conversa e fica chateada.
Ronaldo a abraça contente e sai ao encontro de Rafaela, que já o aguarda no carro, onde o leva direto para a rodoviária. Enquanto o casal conversa no carro, D. Cândida resolve falar com sua filha Gabriela.
- Por que está com essa carinha hein?
- Eu não queria que ele fosse embora.
- Você está gostando do Ronaldo, filha?
- Poxa mãe tá tão na cara assim?
D. cândida faz um gesto positivo com a cabeça e sorri.
- Ele ama a Rafaela filha. Melhor você esquecê-lo.

Rafaela observa o jeito de Ronaldo e o ajuda com algumas coisas que estavam em seus ombros.
- Achei que não viria mais. Pensei que tivesse desistido.
- Não. Eu não posso desistir, Rafa.
- Vê se não me trai por lá, tá! Vou ficar contando cada minuto pra te ver novamente.
- Jamais! Rafa, tem certeza de que não quer vir mesmo?
- Eu já disse que não posso. Tenho um trabalho á cumprir aqui.
- Eu prometo que voltarei logo, ok!
- Eu acredito em você! Se você não voltar daqui á uma semana, eu vou atrás de você, ok! Você não vai escapar de mim tão fácil.
Ronaldo sorri e lhe beija os lábios.
- Jamais vou esquecer de você, meu amor!
- Acho bom mesmo porque senão vou ficar arrependida por não ter comprado um rastreador. - Diz ela, fazendo ele sorrir novamente.
O carro parte em direção á rodoviária.
Ronaldo se despede de Rafaela e entra no ônibus. Ele acena pra ela com uma das mãos pela janela.
- Eu amo você Rafaela!
Sorrindo, ela responde:
- Eu também te amo, Ronaldo!
E o ônibus se prepara pra sair da rodoviária Novo Rio.
Nos olhos de ambos, lágrimas.
O seu sonho está próximo de ser realizado. Agora, só resta um pouco de esperança. Um traço que o separa do encontro de sua família.
“Será que vou encontrá-lo?”
Seu pensamento ainda está preso nesse argumento, mas a saudade...

Robson e Weslley tomam o seu café na cozinha. Entretanto, Robson estava com uma preguiça e tanto, mas estava feliz pela noite que passara.
- E aí, como foram as coisas por lá? - Pergunta Weslley, curioso.
- Foram ótimas irmão!
- Hum - Diz ele, tomando um gole de café e comendo uma barra de cereal.
- Ela é incrível, mano! Jamais conheci uma pessoa tão diferente quanto ela. Nós ficamos ontem! - Conta Robson entusiasmado.
- Legal, irmão! - Diz ele, já ciente da situação. - Mas agora, eu vou ter que ir para o trabalho. A gente se fala depois, ta legal? - Ele sai da mesa.
Robson percebe a indiferença em Weslley.
- Você está estranho! Aconteceu alguma coisa?
- Não, mano! Não aconteceu nada não.
- Ok! Sabe o que estou pensando?
- Diga! - Diz Weslley, lavando as louças rapidamente.
- Eu vou levar a Mariana para aquele hotel que costumo ir aos finais de semana. O que você acha?
Aquela pergunta deixa Weslley muito sério, fazendo escorregar um copo da mão dele e se quebrar dentro da pia.

Copo Quebrado

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