12º Capítulo de Com Quem Eu Fico?

Elaine fica surpresa, mas não se importa em ver a filha no portão com o rapaz e fecha a cortina da janela. Alguns minutos depois, Pâmela ao se despedir de Weslley, entra dentro de casa e encontra a mãe, sorrindo pra ela.

- O que foi, mãe? Aconteceu alguma coisa? - Pergunta Pâmela.

- Não foi nada. Só estou feliz por você.

- Por mim? - Se intriga ela.

- Seus olhos brilham quando está com ele. Dá pra perceber, sabia?

- Mãe, se for... - ia dizer Pâmela quando Elaine a interrompe.

- Filha, eu só quero te ver feliz. E ele parece ser um cara legal.

- A senhora está falando de quem, mãe?

- Do seu namorado. Eu vi vocês dois juntos agora há pouco pela janela.

Pâmela fica surpresa e Elaine diz:

- Espero poder conhecê-lo qualquer dia desses.

- Sim, mãe. A senhora vai conhecer! - Responde Pâmela, sorrindo.

Voltando pra casa, Weslley sai do carro sorridente e joga a chave pro alto e o pega em seguida com a outra mão, quando se depara com Robson na porta.

- Irmão, você está fazendo o que aí parado igual a uma estátua? - Pergunta Weslley.

- Eu só estou pensativo com algumas coisas. Percebo que está feliz! Deve ter bons motivos.

- Você nem imagina. - Diz Weslley, se sentindo bem consigo mesmo.

Na praia do Bomfim, Humberto pede para Tenório esperar um pouco e chegando na casa de Wanda, bate à porta. Em alguns minutos depois, ela o atende e fica surpresa ao vê-lo.

- Oi Wanda! Será que podemos conversar? - Pergunta o empresário sério.

Enquanto isso, Verônica entra no escritório do pai e decide remexer em tudo, em busca de mais informações que se referem à Wanda e acaba encontrando cartas antigas, fotografias e algumas dívidas. Em um desses comprovantes de pagamentos, se comprova de que Humberto pagava contas para a amante e isso deixou a jovem perturbada ainda mais. As provas da traição do pai estavam todas ali em sua mão e ela não vai descartar nada, se um dia tiver que usar aquilo a seu favor.

Depois de se divertirem no sambódromo, Edileusa e Renata voltam com Marcelo de carro pra casa. Quanto à Helen, as coisas em casa com o marido mesmo em plena época de folia ainda continuam esquisitas.

- Até quando você vai ficar me ignorando? – Pergunta ela, tensa.

- Até o dia que você parar de ser otária. – Declara ele.

- Walter, eu entendo que a presença da Renata te incomoda, mas também não posso deixar de cuidar do filho dela. Poxa, o menino não tem culpa de nada.

- Enquanto ela samba na Sapucaí, você está aqui que nem tola se responsabilizando por um filho que não é seu!

Helen se chateia com as palavras do marido e se afasta, indo pra varanda.

Enseada do Bananal

"A Enseada do Bananal é composta por cinco praias: Praia do Bananal, Praia do Bananal Pequeno, Praia da Baleia, Praia do Matariz e Praia de Jaconema. Além de possuir ótimas trilhas, os passeios de escuna ou barco e mergulho autônomo são os mais praticados."

Surpresa com a visita inesperada de Humberto em sua casa, Wanda fica receosa em deixá-lo entrar.

- Não vai me deixar entrar, Wanda?

Pensativa por alguns instantes, ela então permite a sua entrada.

- Eu não esperava a sua visita.

- Tantos anos se passaram desde o nosso último encontro.

- Foi melhor pra nós dois que a gente se separasse. – Rebate Wanda.

- Tem certeza? – Questiona Humberto.

- Afinal, por que veio aqui? – Pergunta Wanda, mudando de assunto repentinamente.

- Eu vim saber como você está.

- Como eu estou? – Ela fica perplexa. – Você não tem vergonha nessa sua cara, não?

- Wanda, eu sei que fiquei ausente por muito tempo...

- Chega de falar! Eu não preciso de nada que venha de você. Já não basta as coisas que eu ouvi da sua filha...

- Minha filha? Verônica esteve aqui? – Ele fica surpreso.

- Sim. Esteve e me disse poucas e boas.

- Eu sinto muito. Eu não sabia que ela tinha vindo aqui. Me desculpa!

- Eu nunca esperaria que a sua filha viesse em minha casa me incomodar com assuntos que hoje em dia não me favorecem em nada. – Diz Wanda, já nervosa. – Eu espero nunca mais vê-la na minha frente, porque se eu a ver novamente eu mesma acabo com ela.

- Eu vou conversar com a Verônica. Ela não pode interferir nisso. Me desculpa mais uma vez!

- O que aconteceu entre a gente está morto e enterrado. Não vamos revirar o passado novamente e ficar buscando algo que pode fortalecer aquele vínculo novamente que tínhamos.

- Eu nunca esqueci de você, Wanda. Pra ser sincero de verdade, eu ainda penso em você. – Diz Humberto, sério.

- Mas eu te esqueci, Humberto. Eu não sinto mais nada por você. O meu amor por você acabou quando você terminou comigo, por causa da sua falecida mulher que estava muito mal no hospital e que precisava do seu auxílio como homem e marido. – Diz ela, destemida e se mostrando forte o suficiente para não chorar naquele momento.

Ao ouvir tais palavras, Humberto fica com uma expressão séria mais ainda e entende que a sua visita ali foi inoportuna.

- Acho que preciso ir embora. Mais uma vez, me desculpa pela confusão com minha filha. Prometo que farei de tudo para que ela não volte a te incomodar.

- Obrigada! – Diz ela, abrindo a porta novamente e o permitindo que ele saia.

Antes de fechar a porta, os dois se entreolham por alguns segundos, mas depois, ele se afasta completamente e ela se sente mal pelas coisas que disse a ele.

Horas depois, Humberto chega na mansão acompanhado de Tenório e Verônica decide esperar pelo pai no escritório, contando os minutos para ter uma conversa séria. Entrando no escritório adentro, ele se surpreende com a filha sentada diante da sua mesa.
- É bom que esteja aqui mesmo. Precisamos conversar!
- Ótimo. Eu estou à sua espera. – Diz a jovem.
- Quem você pensa que é pra interferir na minha vida, remexendo no meu passado e provocando uma pessoa que hoje em dia está seguindo sua vida em paz?
- Pra começo de conversa, eu sou sua filha e não entendo porque tanta braveza, afinal de contas eu não fiz mais do que a minha obrigação. Eu tenho direitos de defender a minha família.
- Eu te conheço muito bem, Verônica. Te conheço na palma da minha mão. Você não tinha nada que sair daqui pra visitar a Wanda e falar poucas e boas pra ela. Você não a conhece e eu te proíbo de visitá-la. – Determina ele, sério.
- Fique tranquilo que eu não vou visitar mais a sua amante, meu pai. Mas fique certo de uma coisa: se ela voltar a te encontrar mais vezes e eu perceber que o senhor está tendo um caso novamente, eu não vou ficar parada. Eu vou agir.
- Você é a minha filha e eu exijo que me respeite. Eu não vou baixar a guarda por você. Se eu tiver de ficar com a Wanda, eu fico. Você não tem nada a ver com isso. Vá viver sua vida e eu vivo a minha!
- Então tá bom! Já que é assim, eu vou telefonar para o Yuri e perguntar a ele se quer ficar comigo novamente.
- Você não me provoca, Verônica!
- Eu boto o Yuri aqui dentro de casa custe o que custar se você, meu pai voltar a se encontrar com aquela meretriz novamente. – Diz Verônica, ousada.
Humberto dá um tapa no rosto de Verônica e diz:
- Eu exijo respeito à Wanda, assim como te ensinei a respeitar qualquer um que fosse. Tenho vergonha de ti!
- E eu tenho vergonha de ser sua filha. – Diz a jovem, saindo do escritório as pressas.
 
Em Bomfim, Mirella bate a porta de Wanda que a atende com uma expressão um tanto triste.
- Aconteceu alguma coisa, Wanda?
- Não foi nada, não!
- A Dani está? Eu vim falar com ela.
- Infelizmente ela não se encontra. Volte outro dia!
- Tá bom! – Diz Mirella, se afastando quando Wanda a detém por um instante.
- Desculpa! Eu não estou legal.
- Entendo.
- Estou com uma dor de cabeça horrível e preciso ficar sozinha.
- Se precisar de mim, me chama!
- Obrigada, Mirella! Você é uma boa pessoa e eu sou grata por Dani ter uma companhia boa. Percebo o quanto a amizade de vocês duas é forte.
- Sua filha é legal e você também, Wanda. Mas não vou te incomodar mais. Fique bem! E se a Dani aparecer, avise que depois eu ligo pra ela.
- Tá bom!
Assim que Mirella vai embora, Wanda fecha a porta e pensa na visita de Humberto e como aquela presença dele mexeu muito com ela há horas atrás.
 
Weslley decide tomar um banho e deixa o celular carregando na mesa do quarto. Nívea entra para dar uma organizada na cama dele quando percebe o celular vibrando. Ela vê no visor da tela o número chamando acompanhado de um nome (Pamela) e se intriga. A chamada se dá como perdida e ela resolve ignorar. Assim que ele sai do banho, ela comenta:
- Filho, ligaram pra você. Foi uma tal de Pamela.
Weslley fica sério diante da mãe e pega o celular rapidamente, fazendo com que Nívea estranhasse tal atitude.
- A senhora não perde sua mania de ser curiosa.
- Me desculpa filho. Eu senti o celular vibrando e decidi ver quem é, mas afinal quem é essa Pamela? É namorada nova é? – Brinca Nívea sorrindo.
- Digamos que sim. – Diz ele.
- Quero conhecer ela também assim como vou conhecer a Mariana, namorada do seu irmão. – Rebate Nívea, sem saber que as duas garotas na verdade é uma só e isso deixa Weslley tenso.