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20º Capítulo de Com Quem Eu Fico?

 

Encarando a reação da filha, Humberto decide reunir forças e contar a verdade dos fatos.

- Pelo visto, parece que as notícias já chegaram aos seus ouvidos. Eu não sei como te passaram essa informação, mas tudo bem: não importa! – Diz o empresário, sério olhando fixamente pra ela que já cruza os braços, indignada.

- Você sempre me escondendo as coisas. Realmente, meu pai nada mais me impressiona vindo do senhor. Há anos faz isso com a nossa família, principalmente com minha mãe que eu perdi muito cedo.

- Não me venha colocando sua mãe no assunto. E tem coisas sim que prefiro guardar pra mim, mas essa história da Daniela me pegou de surpresa pois eu não sabia até a própria Wanda me contar.

- Sempre aquela mulherzinha no caminho. Será que ela não se cansa de correr atrás do senhor, não?

- Olha o jeito que você fala da Wanda. Eu não admito que fale mal dela!

- Eu não quero ela enfiada dentro dessa casa, entendeu Se ela entrar nessa mansão, eu caio fora daqui pra bem longe.

Nesse momento, Humberto dá um sorriso e responde, ironicamente:

- Você não tem pra onde ir, Veronica e além do mais, não vai querer largar seus luxos a troco de nada.

- O senhor não me provoca, meu pai! Agora me conta: porque se aproximou daquela garota? Eu tenho ódio dela que o senhor nem imagina.

- Aquela garota se chama Daniela e eu queria entender agora como vocês se conhecem.

- Ela foi namorada do Yuri. Eu a vi com ele e por isso a gente terminou.

- Agora entendo tudo. Foi o Yuri que te contou que eu e ela nos vimos né?

- Sim. Eu preciso saber, meu pai da verdade: o que aquela garota tem a ver contigo?

- Tudo, Veronica. Ela é filha da Wanda e minha filha. – Diz Humberto, declarando para surpresa da jovem.

A jovem se rebela com o empresário de uma tal forma que o impressiona.

- Isso não! Aquela garota não!!

E Veronica sai correndo do escritório, deixando o pai atordoado.

- Veronica, volta aqui!

A jovem sai correndo da mansão em disparada e encontra Yuri no cais.

- Yuri!! Me ajuda!

- Veronica, que houve?

- Sem perguntas. Quero que me leve a um lugar e agora! – Diz ela, subindo na lancha depressa.

Yuri decide dar a partida em seguida.

Humberto chega no cais correndo e não consegue alcançar a filha e os seguranças se aproximam dele.

- Tarde demais! Ela já foi com ele. Não quero ver esse rapaz perto da mansão, entenderam?

 

Mirella fica feliz ao saber que Dani conhecera o pai pessoalmente e a jovem agradece a amiga por todos os favores que ela fez. As duas amigas se abraçam fortemente.

- Você merece tudo de bom, Dani! – Diz Mirella.

- Obrigada de coração!

- Bom, mudando de assunto...

- Ihh! Já até sei o que vai dizer.

- O Ronaldo deu notícias?

- Por enquanto, não! Eu tentei falar com ele pra contar da novidade, mas não consegui ainda. – Diz Dani, um pouco chateada.

- Deve estar ocupado. Logo, ele entra em contato.

- Pode ser. Estou torcendo para que ele também encontre o avô.

- Impressionante essa coincidência entre vocês. Parece que nasceram um pro outro.

- Não fale besteiras. Ronaldo ama Rafaela e eu sou apenas uma amiga pra ele.

- Não é o que o seu coração diz, Dani.

- Deixa de bobagem. – Diz Dani, fazendo Mirella sorrir.

Animadas

Algumas horas depois, a campainha da casa de Wanda toca e a mulher decide atender. Ao abrir, ela dá de cara com Veronica que fica com um olhar fulminante de raiva.

- Mas não é possível que eu não tenho sossego. Você por aqui outra vez?

- Eu jurei pra mim mesma que nunca mais lhe procuraria, mas não tive escolha. Quem é você pra entrar no meu caminho, depois de anos?

- Eu que te pergunto: quem é você pra falar desse jeito comigo na minha casa?

- Eu sou filha de Humberto Fontana e tenho direito de dizer algumas verdades que você merece ouvir.

- Sei! Você veio aqui falar algumas verdades pra mim, certo? Bom saber por que eu também tenho algumas verdades pra você e uma delas é o seguinte: você pode ter quanto dinheiro for, que eu jamais vou abaixar a minha cabeça pra você ouviu bem?

- Mas que atrevida! Está totalmente errada e ainda, se faz de certinha.

- Errada em que, hein minha filha? Me fala: o que eu fiz de errado pra você?

- Primeiro, analisa o passado. Você traiu a minha mãe com o meu pai e agora, está tentando se dar bem enfiando uma história na cabeça dele que gerou uma filha dele.

- Isso não é historinha, meu anjo! Pura verdade! Eu tive uma filha com o seu pai, sim e eu confesso que foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida e a gente não quer nada dele, não! A única coisa que a minha filha queria já se concretizou: ela encontrou o pai e os dois já se acertaram.

- Você e sua filha não vão me tirar nada que eu tenho, ouviu bem?

- Quem não deve, não teme! Tem tanto amor pelo papaizinho querido assim ou deseja algo mais que isso?

- O que você está insinuando?

- Eu não sou boba, Veronica. Por amor ao poder, se faz tudo. E você deixou claro isso desde a nossa primeira conversa.

- Eu quero você e a sua filha longe do meu pai. – Diz Veronica, séria.

- Longe do seu pai e do seu dinheiro. – Completa Wanda, sem medo.

- Isso aí! Que bom que entendeu meu recado.

- Vou te falar só uma coisinha muito importante.

Veronica volta a encara-la seriamente.

- Você pode achar que o jogo está ganho, mas na verdade só está apenas começando. O mundo dá voltas, Veronica e não adianta você deter o que pode vir.

- Se isso é um jogo pra você, então saiba que eu não nasci pra perder. – Diz a jovem, saindo da porta afora.

Wanda fecha a porta e fica pensativa.

“Ela não vai desistir do que quer.”

 

Veronica sai da casa de Wanda furiosa e Yuri a questiona:

- Como foi a conversa?

- Péssima!

- Wanda é uma mulher bem tinhosa. Não devia ter vindo.

- Eu vou colocar mãe e filha no seu devido lugar. Elas que me aguardem!

- Veronica, às vezes você fala de um jeito que me assusta.

- Ninguém vai tirar o que é meu de direito e nem ouso compartilhar nada.

"A árvore que dá nome à praia das Figueiras garante boas sombras, enquanto o mar de águas claras e calmas proporciona banhos refrescantes. Acessível por trilha, fica a sete quilômetros do Centro."
Praia das Figueiras
Praia das Figueiras - Ilha Grande

Dias se passam...

Ronaldo é recebido pela família de Odilon. O artista plástico lhe apresenta a casa, mostra trabalhos pessoais e conta fatos da vida, que surpreendem o rapaz. Catarina, Cínthia e Mateus tem a oportunidade de conhecer melhor Ronaldo e se interagirem com ele, através de um papo descontraído.

Mas o que mais impressiona Ronaldo é ver fotos da família e perceber que Odilon sente muita saudade de conhecer o neto desaparecido. A oportunidade de dizer que ele era o seu neto só faltou sair da boca afora, mas no seu íntimo não poderia fazer porque era um tipo de assunto que deve ser dialogado com calma e principalmente, com a obtenção de provas. A certeza dos fatos lhe deixava bem claro.

- É tocante como o senhor fala do seu neto. Nunca teve uma pista de onde ele poderia estar? - Pergunta o rapaz.

- Infelizmente, não mas não vou desistir.

- Senhor Odilon, eu espero que possa encontrar o seu neto logo. O senhor é uma pessoa muito legal.

- Obrigado, Ronaldo! Eu sinto que meu neto pode estar perto. Ainda vou acha-lo, mesmo que demore anos.

Catarina interrompe a conversa um pouco.

- O jantar está servido!

Todos se reúnem a mesa e se servem. Ronaldo se sente em casa ao lado de Odilon e seus familiares.

- Eu soube que você tem uma namorada, Ronaldo. – Diz Catarina.

- Ah sim! Ela mora no Rio e deve chegar em Angra pra semana que vem.

- Deve ser complicado se relacionar a distancia né Se fosse comigo e com o Matheus, com certeza ele já estaria aqui há tempos. – Interrompe Cínthia, fazendo com que o namorado a observe.

- É complicado, mas a gente se entende. – Diz Ronaldo, sorrindo.

- O importante mesmo é cuidar de que você ama, mesmo essa pessoa sendo de longe. – Diz Odilon.

- Faço das suas palavras, senhor Odilon. Por isso que eu amo a sua filha e tento cuidar dela dia por dia. – Diz Matheus.

- E eu de você amor. – Diz Cinthia.

- Não ligue, Ronaldo. Esse casal aí não se desgruda. É romantismo pra lá e pra cá. – Diz Catarina, sorrindo.

- Sinto saudades da Rafaela. – Declara Ronaldo, fazendo com que todos o olhem nesse instante. – Quando as coisas tem que acontecer, elas simplesmente acontecem.

- O que te traz em Angra, Ronaldo? - Pergunta Cinthia curiosa.

- Trabalho. Pesquisa. – Diz o rapaz. – Coisas pessoais e que precisam ser resolvidas.

- Ronaldo, tenho fé que você vai conseguir resolver tudo o que deseja. – Diz Odilon, servindo-se de refrigerante.

 

Helen visita a casa de Edileusa e lhe apresenta os produtos da marca Hinode. Atraída pelo perfume Dazle, ela resolve ficar com um pra ajudar a amiga.

As vendas de Helen crescem a cada dia e isso faz com que Walter sinta um pouco de ciúme ao perceber que a mulher está fazendo sucesso entre a vizinhança.

- Agora que se tornou vendedora, nem se importa direito com a casa né?

- Walter, eu estou tentando ganhar uma renda extra pra aliviar as contas da casa já que você sempre insiste para eu arrumar algo pra te ajudar.

- E quanto a sua amiguinha Renata?

- Ela vai ficar na casa da Edileusa. Dentro de alguns dias, ela vai sair daqui. Não se preocupa! – Diz Helen, decidindo ocupar sua mente com algumas cobranças enquanto Walter se afasta.

 

Ronaldo se despede da família de Odilon e ao caminhar sozinho pelo centro, o telefone toca.

- Oi, amor! Saudade!

- Também sinto por você, Ronaldo. Fazendo?

- Acabei de sair da casa do Odilon.

- Ah sim! O jantar foi hoje né?

- Sim.

- Como foi lá na casa do seu suposto avô?

- Foi tranquilo. Nos divertimos.

- Fico feliz por você amor.

- Ele me contou um pouco da vida dele e tem coisas que faz sentido pra mim, entende?

- Isso é um bom sinal, amor! Pode haver total compatibilidade com sua busca.

- Eu já sinto que ele é o meu avô. Só preciso ter certeza, sabe?

- Eu estou aqui torcendo pra que você realmente tenha encontrado o que procura.

- Agradeço de coração, Rafaela! – Diz Ronaldo, sensibilizado.

 

Na manhã seguinte, Humberto organiza suas coisas quando o advogado telefona, avisando que já preparou os documentos que ele lhe pedira. O empresário se anima.

Veronica se aproxima do escritório e ouve a conversa e fica pensativa.

“Eu preciso dar um jeito dessa garota não invadir o meu espaço.”

 

Nesse ínterim, Pamela vai para a rodoviária acompanhada da mãe e as duas se abraçam assim que o ônibus chega.

- Quando chegar em Paraty, me avisa. – Diz a mãe, preocupada.

- Pode ficar tranquila!

- Vai ser melhor sua estadia por lá. Pelo menos, vai tentar esquecer algumas coisas.

- Tomara, minha mãe. Ele nem fala mais comigo desde a nossa última conversa.

- Não esquenta com isso, Pamela. Você fez o que era certo.

- Eu gosto dos dois, minha mãe, mas o Weslley me conquistou de uma forma que o Robson não fez.

- Eu acredito em você. Agora, vá e vida que segue! Divirta-se em Paraty por mim.

Pamela volta a abraçar a mãe novamente e a beija. Em seguida, ela entra no ônibus e paga a passagem ao bilheteiro. De repente, Weslley chega correndo na rodoviária e gritando, se aproxima do ônibus onde ela estava:

- Pamela, eu te amo!

Elaine se surpreende com a atitude do rapaz e Pamela, no ônibus se emociona.

“Ele veio.”

 

Percebendo a ausência de Weslley em casa, Robson se indaga e procura a mãe.

- Meu irmão saiu que nem vi. Onde ele foi?

- Seu irmão disse que ia na rodoviária. Parece que a namorada dele ia viajar. – Comenta Nívea, fazendo os afazeres da casa.

- Viajar? Estranho!

- Que houve, meu anjo?

- Nada. Deve ser coisas da minha cabeça.

- Agora eu que não entendi nada.

- Mãe, sabe o que é: é que justamente hoje seria o dia em que a Mariana iria viajar. Ela ia pra Paraty hoje.

- Pode ser uma simples coincidência, meu filho!

Robson fica pensativo por alguns instantes.

 

Uma forte tempestade se aproxima do litoral de Angra dos Reis.

Tenório observa o tempo e acredita que não é um momento bom pra sair com o helicóptero, mas Humberto insiste porque precisa viajar a negócios urgentemente.

E de tanta insistência, o piloto decide acatar as ordens e liga os motores, fazendo o helicóptero decolar e deixar a mansão em alguns minutos.

Veronica observa-o partir e fica séria diante da janela do quarto enquanto os empregados se preocupam com a viagem do patrão.

Tenório sobrevoa a região da Ilha Grande e Humberto fica pensativo em relação às filhas.

- Senhor Humberto, vamos ter algumas turbulências. Se prepara!

- Sim, Tenório! Com certeza.

- Não se preocupe. Vamos ter uma viagem tranquila.

- Eu confio em você, Tenório. Posso te pedir uma coisa?

- Sim, senhor. Sou todo ouvidos.

- Cuide da Dani por mim.

- Como assim, senhor?

- A Dani vai precisar de alguém que esteja do lado dela em algumas circunstâncias, principalmente se for em questão de lei.

- Mas ela terá o senhor sempre. Por que a preocupação?

- É só um cuidado de pai. – Diz o empresário.

O vento e a chuva já começam a atingir o helicóptero em plena baía da Ilha Grande e Humberto se preocupa com a situação. Tenório tenta desviar-se dos ventos, mas parece que quanto mais ele tenta o desvio, mas a rajada de vento parece o puxar.

As nuvens escuras também acabam dificultando um pouco a visão do piloto, que já fica tenso no controle:

- Senhor Humberto, se segura!

- Mas que tempestade é essa, Tenório?

Um raio atinge próximo do helicóptero e o faz assustar-se. O piloto continua insistindo na rota e tenta se manter calmo, mas alguma coisa faz com que o helicóptero sofra uma pequena pane nos motores.

- Senhor Humberto, estou perdendo os controles do helicóptero.

- Tenório, o que está dizendo?

- A gente vai cair! – Grita o piloto, se desesperando.

O helicóptero dá várias voltas e acaba se chocando nas águas do mar, ocasionando-se em um grave acidente fatal.


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