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Décimo Capítulo de Expectativas

Hoje acordei preguiçoso demais. Não peguei nem o celular pra ver as mensagens do Whatsapp ainda. A luz do sol batia na janela e seu reflexo iluminava todo o meu quarto. Envolto por lençóis, estava eu na cama e Garibaldi dormindo sob meus pés. Eu olhava pro teto da minha casa pensativo, sobre o meu envolvimento com o Sávio. “Por que me submeto a tal situação?”
Ao mesmo tempo que penso em parar, eu não consigo. Eu sempre me conecto a ele de uma forma tão especial. Livros, filmes, surfe, tarefas diárias... Faço de tudo pra tentar distrair, mas quando ouço seu nome ser chamado por alguém ou me deparo escrito em algum lugar, é a sua presença que invade a mente. Garibaldi acorda e olha pra mim. Ele não faz ideia, mas estou totalmente apaixonado.
Me levanto da cama e faço o café. Coloco ração para o cão e arrumo o lixo pra jogar na caçamba do lado de fora. Ao terminar o café, decido colocar uma música e analisando o calendário, percebo que os dias estão passando bem rápido. Logo, as férias acabam e eu volto à rotina de trabalho. Mexo um pouco no computador, preparo alguns relatórios, mando por email, vejo as mensagens do Whatsapp e respondo alguns contatos, olho pro relógio e de repente, lembro que um amigo vai vir em minha casa, pra me pagar um dinheiro que me deve. Eu pego no livro pra ler pelo menos um pouco enquanto faço um download de um arquivo multimídia. Mas a campainha me tira a atenção e vou atender em imediato. Era a minha vizinha. Ela alisa os pêlos de Garibaldi e diz pra mim:
-         O que anda aprontando de bom?
-         Nada. Eu estou aqui fazendo uns trabalhos no computador. E você vai fazer o que hoje?
-         Eu queria na praia. O dia está tão bonito.
-         Verdade. Mais tarde, vou pegar uma onda.
-         Legal!
-         Eu esqueci de falar contigo, mas o meu ex apareceu.
-         Sério? E ele sabe que você está solteiro?
-         Sabe. A gente conversou um pouco ontem.
-         Mas me conta: como foi este reencontro?
-         Foi bom. Um pouco surpreso da minha parte, mas eu confesso que sempre acreditei que um dia a gente se veria de novo.

Diversão

Nailton decide seguir Heitor e acaba descobrindo a casa onde a ex mulher dele mora com a filha. O rapaz fica dentro do carro observando Heitor sair com a filha pra passear e fica marcando um tempo no relógio.
Assim que Heitor se afasta, Nailton abre a porta do seu carro e vai em direção à porta da casa da ex mulher dele. Com toda coragem, ele aperta a campainha.
-         Já vai! Só pode ser o Heitor que esquece tudo, menos a cabeça. - Diz ela, brava.
Ao abrir a porta, ela dá de cara com o rapaz que vira abraçando seu ex marido no Correios.
-         Você por aqui? O que queres?
-         Eu só quero ter um particular com você.
-         Me desculpa, mas eu não posso te dar atenção.
-         Ah, mas você vai ter que me ouvir sim! - Diz ele, impedindo-a de fechar a porta.
-         Quem você pensa que é pra falar desse jeito comigo? - Diz ela, já ficando estressada.
-         Eu sou o cara que anda saindo com o teu ex marido e dando a ele algo muito melhor que você nunca deu. - Diz Nailton, sério deixando-a com uma expressão de raiva.

Rafael organiza a cozinha quando a campainha toca. Ele gentilmente atende e fica surpreso ao receber a visita. Era um primo de Tiago que estava com malas nas mãos e se apresentou como Rui. Ao cumprimentá-lo, Rafael percebeu que ele não desviava seus olhos dos dele. O rapaz fica chocado com aquela visita, mas ao tempo, surpreso também com a atitude do marido de não ter falado nada a respeito que um parente ficaria com eles por um tempo.
-         Será que eu podia entrar? - Pergunta Rui.
-         Ah sim, claro! Desculpa, mas é que eu realmente não esperava receber visitas e ainda mais, com malas e cuias.
-         O meu primo não lhe contou que eu viria?
Rafael disfarça um sorriso e diz:
-         Pior que não, mas deve ter se esquecido talvez.
-         Poxa! Eu nem sei o que dizer. Estou me sentindo envergonhado.,
-         Calma! Não é pra tanto. Parente do meu marido, também é um parente meu. Fique a vontade, viu!

A ex mulher de Heitor fica indignada com as palavras de Nailton e pede pra ele ir embora, mas o rapaz, corajoso, decide falar mais verdades á ela:
-         Deixa o Heitor em paz! A única obrigação que ele tem é somente com a filha.
-         Olha aqui, eu não sei o teu nome, eu não sei o que anda rolando entre vocês dois. Eu só sei que eu quero ser respeitada e quero privar a minha filha de qualquer coisa absurda que anda acontecendo com o pai dela e outra pessoa.
-         Eu só passei aqui em sua casa pra te dar esse recado mesmo. Eu gosto demais do Heitor e não quero que ele fique se matando todos os dias no trabalho, pra sustentar uma mulher que nem na vida dele não faz mais parte.
-         Você está com dor de cotovelo, meu bem! Enquanto eu estiver viva, eu vou sempre me apossar dos interesses que fazem parte da minha família.
-         Você chegou num ponto que eu queria; família! Heitor não tem direito de te dar um centavo mais. Ele só tem que se responsabilizar pela filha.
-         Você não vai atravessar o meu caminho!
-         Eu tenho pena de você. Muita pena! Fique certa de uma coisa: eu estou de olho! - E ele se afasta, deixando-a irada.
Ao ver ele abrindo a porta do quarto, ela não hesita e provoca:
-         Vai dar o rabo pra ele! - E faz um sinal de malcriação.
-         Com muito prazer! - Diz Nailton, ouvindo do carro e ligando a chave.

Rafael decide ligar para Tiago e Rui percebe. Ele fica observando o jeito do rapaz, que fica tentando várias vezes no telefone.
-         Só dá caixa postal! - Diz Rafael.
-         Deixa! Eu vou embora.
-         Não! Fique! - Diz Rafael, sério.
-         Eu não quero incomodar ninguém.
-         Não está incomodando, anjo. - Ele fala sem querer.
-         Anjo? - Ele pergunta.
Rafael sorri um pouco e pede desculpas, alegando que era só uma maneira de falar.
Se foi uma maneira diferente e boa de falar, Rui gostou e parecia estar achando interessante conhecer o marido do seu primo.

Antes que eu pudesse entrar na água pra surfar, uma mão pousou em meu ombro. O dia estava perfeito e o sol radiante. Era uma tarde espetacular. Mesmo com o calor e o reflexo do sol batendo sobre meu corpo e a prancha entre meu braço esquerdo, eu me virei e olhei para a pessoa que tinha me tocado: Jonas.
Os nossos olhares se cruzaram repentinamente e as nossas bocas pareciam querer a mesma coisa. Ele me beijara diante daquele marzão lindo, em que as ondas batiam sobre nossos pés com tanta rapidez e espuma. Foi um beijo que durou alguns segundos, mas que penetrou tão fundo por dentro e me fez reviver algo que estava se tornando esquecimento. Eu sorri assim que ele me beijou e a gente se abraçou fortemente. Seria o recomeço? Caramba! Começaram as dúvidas.
Jonas estava ali comigo e eu estava surpreso com a guinada que o destino deu. Mas existe uma pessoa que eu achei que não se importava comigo, e que quando viu nós dois ali voltou pro seu carro e deu partida. Sávio estava justo na praia e viu o nosso beijo. Viu o abraço forte. Eu ainda me afastei um pouco do Jonas pra tentar ver direito se era ele mesmo no carro e tive a certeza. Conhecia o seu carro. A sua fisionomia de longe. Jonas pegou pelo meu braço e perguntou:
-         Aconteceu alguma coisa?
Meus olhos viraram-se aos dele e em poucas palavras, consegui falar:
-          Não! Não foi nada.


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