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Sexto Capítulo de Perdidos de Saudade

O delegado Jota pergunta intrigado:
- Você quer que eu reabra o caso do seu filho desaparecido? Sinto muito, mas eu não posso abrir esse caso sem um indício. Você tem alguma informação nova?
- Eu não tenho nenhuma informação, delegado. Ainda.
- Então, por que quer que eu abra esse caso de novo?
- Por favor, o senhor tem que abrir a busca. Eu sinto que o meu filho está próximo.
- A senhora não entende. - Diz o delegado, coçando a cabeça.
- Delegado Jota, somos amigos ou não? O senhor me conhece há dezessete anos. Me ajudou muito á procurar o meu filho. Eu tenho esperança que o meu Luís esteja vivo. Por isso, eu te peço encarecidamente: me ajude á procurar o meu filho novamente.
- Martha, nós somos amigos, sim, mas veja o meu lado. Eu também quero muito que você encontre o seu filho. Mas eu não posso abrir o inquérito sem provas. Eu preciso de algo novo pra poder recomeçar a busca. Eu sinto que você um dia vai encontrá-lo. Desculpe por não poder te ajudar.
- Eu fiz uma burrice em ter vindo lhe procurar.

Me Ajude

- Não, Martha. Eu entendo o seu motivo. Você ainda sente falta do seu filho e eu me orgulho disso. Você é mãe, como eu não poderia entender? Eu só preciso que me ajude também, afinal, eu trabalho na polícia há quinze anos, eu vejo cada caso que você jamais o viu igual. Eu vejo todo dia entrar pelo meu escritório. É caso de agressão, de acidentes, de assassinato... Eu sei o quanto é difícil pra você perder o seu filho.
- Então me ajuda por favor!
- Martha, eu torço muito pela sua felicidade. Não se sinta desse jeito. Eu só quero que saiba que você pode contar comigo pra tudo. O que tiver ao meu alcance pra te ajudar, eu faço com prazer e dedicação.
- Obrigada, Jota. Eu fico grata com o seu carinho por mim. Mas eu preciso realmente achar o meu filho.
- Então, vai pra casa e tenta descansar um pouco. Reflita sobre o que conversamos e se tiver uma informação nova a respeito de Luís, me procure.
- Pode deixar, Jota. Desculpe pelo incômodo.
- Não precisa se desculpar. Eu fiquei muito feliz com a sua visita.
- Boa noite! - Ela se despede.
- Boa noite, Martha! -Ele diz.
Ao deixa-la sair, o delegado fica pensativo e volta para sua mesa, onde pega o retrato falado da sequestradora de Luís.
“Se essa mulher for realmente a sequestradora, eu não vou poder esconder isso por muito tempo.”
E de repente, ele decide fazer um telefonema.
- Oi! É a dona Laís? Tudo bem? Eu sou o delegado Jota e gostaria de conversar contigo pessoalmente. É importante! Ok! Passo aí ainda hoje em sua casa. Abraços! - E desliga.

Horas depois, Laís se encontra diante do delegado e fica com uma expressão séria. Jota fica observando o jeito dela.
- Parece que essa foto lembra alguém né?
Nesse momento, ela olha para os olhos dele e responde:
- Betina. Essa mulher eu conheço.
- Uma esperança. Onde posso acha-la?
- Eu não sei. Mas juro que nunca pensei que ela pudesse ser uma sequestradora.
- Laís, quem é Betina? Pode me descrever?
- Delegado, essa mulher era simpática, amigável. Eu mesma não a conhecia muito bem. Lembro que ela fora convidada por pessoas da própria vizinhança mesmo pra festa do meu filho, mas eu não vi problema nenhum em não deixá-la entrar na época.
- Pois é Laís! Por uma visita de uma desconhecida em sua festa, o Luís desapareceu. -Diz o delegado, fazendo ela ficar séria.
- Mas será que ela teve coragem? Faz muito tempo mas me lembro como se fosse ontem: logo após o ocorrido na festa, a gente chegou a conversar depois talvez no mesmo dia, não sei! – Diz Laís, se sentindo indignada.
- Ela pode ter feito isso pra não chamar atenção. Conheço pessoas desse tipo! Agem na falsidade e na esperteza. – Diz o delegado, fazendo algumas anotações.

Na manhã seguinte, Mariana toma o seu café correndo e encontra a mãe deitada no sofá.
- A senhora dormiu aqui? - Ela se indaga.
- Sim. Eu me senti cansada e acabei pegando no sono.
- E o papai, onde ele está?
- Acho que ele está dormindo.
De repente, a empregada chega e encontra as duas.
- Senhora Martha, o Adalberto pediu pra avisar que ele teve que sair mais cedo pro escritório pra revisar uns documentos.
- Mas ele já foi trabalhar? - Se indaga Martha. - E nem falou comigo.
- Sim, senhora. - Responde Dulce.
- Eu não acredito! -Diz ela, indagada.
- Deixa mãe! Eu também já vou! Beijos! -Diz a filha, beijando em seu rosto.
- Você não vai tomar o seu café?
- Eu já tomei. Tô indo! Preciso chegar cedo na clínica.
- Filha, espere! Eu queria ter um minuto com você.
- Bem, fale! -Diz ela, organizando sua bolsa.
- Eu estive na delegacia ontem.
- Fazendo o que lá?
- Eu pedi pro delegado abrir o caso do seu irmão.
- Mãe, por que fez isso?
- Desculpe, filha. Mas eu achei que seria necessário.
- Agora não dá tempo de conversarmos sobre isso, mas quando eu voltar, eu quero saber direitinho dessa história. Ta bom!
- Tudo bem! Vá com Deus, filha! -Diz Martha.
- Beijos gente! - E ela fecha a porta correndo.
A empregada observa e comenta com Martha:
- Desde que começou a trabalhar nessa clínica, ela parece estar mais feliz.
- Claro! Ela está gostando demais da clínica. Só não pode me trocar pelo trabalho. -Diz ela, rindo.
- E a senhora Dona Martha, o que vai querer pro almoço?
- Ah nem sei. Prepara alguma coisa que a minha mãe queira sei lá. Eu não quero pensar em almoço agora.
- Tudo bem então! Com licença! -Diz a empregada se retirando.
Martha descansa um pouco a cabeça no travesseiro do sofá e observa o celular. Ela decide fazer uma ligação. E a pessoa claro atende em imediato.
- Martha! Que bom ouvi-la! -Diz Rubens sorrindo.
- Oi tudo bem Rubens?
- Melhor agora.
Ela sorri um pouco.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não. Eu só liguei pra saber como vão as coisas.
- Na mesma né? Eu não quero desistir da minha empresa.
- Eu sei. Faço ideia do quanto você lutou por ela.
- Sim. Mas sua mãe não entende isso.
- Não vamos falar dela ok! Só quero Rubens que você consiga atingir seus objetivos.
- Obrigado Martha! A cada dia que passa, está cada vez mais linda.
- Preciso desligar. Beijo! -Diz ela séria, mas com aquele pensamento longe.

Vera chega ao escritório e encontra a secretária que a avisa que Adalberto a espera. Ela entra e o encontra.
- O que faz aqui em meu gabinete? Acordou cedo?
- Sim, eu acordei. Queria te falar uma coisa.
- Eu estou atenta. Fale!
- Vera, eu quero saber uma coisa de você. Por que você odeia tanto o Rubens?
- Ora essa, por que a pergunta? Eu o odeio porque ele possui uma concorrência com a minha empresa. Ele está sempre no meu caminho.
- Vera, acho que não é só por isso. Que motivo a mais você tem contra ele?
A empresária fica séria com a sua pergunta.

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