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11º Capítulo de Amores Comprometidos

O impacto de saber que aquela jovem em sua frente pode ser sua filha faz com que Daniel mude totalmente sua expressão e ela sente que não foi um bom momento de contar-lhe isso.

- Você está afirmando pra mim que é minha filha? – Diz Daniel, se levantando da mesa em imediato.

- Eu não tenho certeza, mas acredito que sim. – Diz a jovem.

- Caramba, menina! Que absurdos você me fala! Eu lhe dei uma chance, porque meu filho me pediu e ainda sou pego de surpresa em saber que posso estar diante de uma filha, ainda mais com aquela mulher!

- Aquela mulher tinha nome. Ela se chamava Maria. – Diz Gabi, já engrossando um pouco a voz.

- Você conheceu o histórico de sua mãe? – Questiona Daniel.

- Eu conheci sim. Minha mãe não foi uma mulher perfeita. Ela cometeu erros, mas sei que no fundo ela me amava e nunca mentiria pra mim.

Sofrendo por Dentro

- Sua mãe Maria cometeu atrocidades que são impagáveis.  Eu e as pessoas que a conheceram, testemunharam muitas coisas dela. Por favor, não a defenda sem saber o que de fato, aconteceu no passado.

- Eu não estou defendendo. Eu só não quero que falem mal dela pra mim.

- O que você quer, Gabi de mim? – Pergunta Daniel a encarando de frente. – Você já conseguiu o emprego. Agora o que você quer mais de mim?

- Eu só quero conhecer melhor o meu pai. – Diz Gabi, séria.

- E você acha que eu sou o seu pai? Sua mãe pode ter se relacionado com outra pessoa. Você não acha isso possível?

- Daniel, a minha avó nunca mentiria pra mim. Ela tinha seu endereço e foi através dessa pista, que eu cheguei até você. Eu estou aqui pra entender o que de fato, aconteceu pra você estar ausente da minha vida. – Declara a jovem, já angustiada deixando Daniel sério.

Em casa, Gisele toma um café quando batem a campainha toca. Eram os seus pais. Ao abrir a porta, ela já muda de expressão quando Yolanda entra imediatamente, reclamando da vida.

- O trânsito está um inferno. Achei que não chegaria nunca e ainda mais, o seu pai lerdo no volante.

Gisele e Constantino se entreolham.

- Sua mãe acha que eu como motorista, tenho que pegar o carro e correr na estrada que nem louco, desrespeitando os sinais de trânsito. Depois, sou preso e aí sim, ela vai ter que me visitar na prisão.

Gisele sorri com as palavras do pai enquanto a mãe fica séria.

- Está rindo porque não é contigo, minha filha! Tenho que aturar essa mala.

- Vocês se amam e isso que importa. Eu vou levar as malas pro quarto de hóspedes!

- E o meu neto, cadê? – Pergunta Yolanda.

- Jogando vídeo game no quarto. Vou chamar!

- Não! Deixa que eu vou. Conheço o caminho. – Diz a avó subindo as escadas enquanto Constantino fica a observando.

- Ela não muda nunca. – Comenta Gisele.

- A verdade dos fatos é que ela nunca vai mudar. – Diz Constantino.

 

Em mais um dia de trabalho, Valentim recebe uma ligação no whatsapp de uma cliente que precisa de um motorista particular pra leva-la em um certo endereço e ele consente em busca-la em poucos minutos. Chegando no local combinado, a mulher entra no carro com uma bolsa e senta na parte de trás do veículo.

- Boa tarde! Para qual lugar, a levo?

- Boa tarde! Vou ficar no Méier. – Responde a cliente.

- Ok! – Diz Valentim, que dá a partida.

Assim que o carro sai, um outro veículo atrás o segue e de dentro dele, um desconhecido fala no celular:

- Ela acabou de entrar num carro de aplicativo.

Motorista Particular

No escritório, Daniel não consegue aceitar que Gabi pode ser sua filha e o clima esquenta na sala.

- Por que você não assume que teve algo com minha mãe no passado? – Questiona Gabi, revoltada.

- A minha relação com a Maria foi um erro.

- Então, eu sou um erro pra você. – Diz a jovem.

Drica e Sarita escutam algumas vozes alteradas da sala e se entreolham. Elas decidem ir até lá pra averiguar.

- Daniel, desculpe entrar assim na sala. Está tudo bem por aqui? – Pergunta Drica preocupada, ao lado de Sarita que se aproxima em seguida.

- Drica, está tudo bem. Nos deixam à sós, por favor!

- Eu vou embora. Não tenho mais nada pra fazer aqui. – Diz Gabi, pegando a sua bolsa.

- Eu quero que você fique. – Pede Daniel, com voz firme.

Drica e Sarita se entreolham e em seguida, saem da sala.

- Agora, você vai me ouvir. – Diz Daniel, deixando Gabi séria.

 

Pedro fica feliz ao ver a avó e a abraça fortemente.

- Senti tanto a sua falta, meu neto!

- E eu da senhora. – Diz Pedro, a beijando na testa.

- Estou sabendo que o senhorzinho está namorando.

- Ainda não! – Diz o rapaz, sorrindo timidamente.

- Sei. Não foi assim que me contaram.

- Sério, vó! Eu estou conhecendo uma menina, mas ainda não pedi em namoro.

- Mas por quê meu neto?

- Eu ainda estou analisando o momento certo.

- Entendi. Espero que essa garota não interfira no seu plano de se tornar um medalhista na natação.

- Não, vó! Ela me apoia. A Gabi é uma boa pessoa. A senhora vai gostar dela. – Diz Pedro, entusiasmado.

Gisele que passa perto da porta, ouve aquilo e fica séria, com uma certa preocupação em mente. Ao descer a escada, ela se depara com o pai.

- Filha, está tudo bem contigo?

- Sim, pai. Só estou um pouco pensativa.

- Sua mãe quando está com o Pedro, parece até carrapato. Não consegue se desgrudar nem um minuto.

- Pai! – Diz Gisele, pegando-o pela mão e levando para a cozinha.

- Filha, que houve?

- Queria te pedir um conselho.

- Bom, se eu puder ajudar.

- O Pedro recentemente conheceu uma garota e se aproximou muito dela nesses últimos dias.

- Filha, que mal tem isso? Uma hora, isso iria acontecer.

- Eu sei. Só que estou preocupada com uma coisa. A gente não sabe muito a respeito dessa garota e parece que nem ele.

- Gisele, se aquiete! Deixa o Pedro curtir esse momento dele. Por que se preocupar com uma coisa que está acontecendo tão naturalmente?

- Eu tenho receios, meu pai! Se fosse com a Latiffa, tudo bem. Até eu não ficaria preocupada. Mas é uma garota que a gente nem ao menos sabe de que família veio, entende?

- Faz o seguinte: espere por mais alguns dias e veja se o Pedro vai levar essa jovem a sério. Se ele querer algo sério com essa garota, o mínimo que vai acontecer é ele chegar em vocês e apresenta-la, como namorada. – Comenta Constantino.

- Eu não duvido que isso ele possa fazer mais pra frente, meu pai. Até vaga de emprego, Daniel ofereceu para a jovem porque ele mesmo pedira. – Diz Gisele, deixando o pai perplexo.

 

Em pleno trânsito, o sinal fecha e Valentim decide esperar a liberação, com a cliente um pouca ansiosa no banco de trás.

- Oh moço, será que não tem como ir logo. Estou com pressa!

- Eu não posso sair agora. Tenho que esperar o sinal abrir. – Diz Valentim, com a mão no volante e atento ao semáforo.

A cliente fica preocupada e Valentim percebe pelo retrovisor. O que ele não percebe é que tem um veículo atrás dele e que está o seguindo. Assim que o sinal abre, o carro continua o percurso até chegar dentro de uma rua com pouco movimento de trânsito, no qual o veículo de trás acelera em imediato até colar no carro dele, o fazendo parar de repente.

- Pare o carro agora mesmo! – Grita o motorista do outro veículo, assustando Valentim e a cliente.

- Mas que merda é essa! Quem é você? – Pergunta Valentim, indignado e fazendo a cliente ficar preocupada.

- Polícia! – Diz o motorista, saindo do carro e mostrando a carteira. – Saiam do veículo os dois com as mãos na cabeça!


Chegando em casa, Murilo procura por Grace e estranha o chuveiro ligado no banheiro.

- Amor, você está no banho?

Grace, ouvindo a voz do marido responde:

- Murilo, por favor me ajude!

Murilo corre até o banheiro e a encontrando caída no box, decide ajuda-la em imediato.

- Grace meu amor, que houve?

- Eu estou perdendo muito sangue. Nosso filho, Murilo! Eu não quero perdê-lo. Por favor, me ajude!

- Calma Grace! Eu vou te levá-la pro médico agora mesmo. – Diz Murilo, discando o número rapidamente no celular e ligando pra emergência.


No escritório, Gabi se senta diante de Daniel novamente e decide ouvir o que ele tem a dizer.

- Já que você declara ser minha filha, vamos tentar colocar os pingos nos is. – Diz Daniel, sensato.

- Eu sei da sua existência através da minha avó, porque a minha mãe não chegou a comentar de você pra mim. Ela faleceu antes.

- Vamos raciocinar: se eu fosse realmente o seu pai, a sua mãe deveria ter me contado muito antes de eu ter formado uma família, não acha?

- Olha, Daniel eu não sei porque razão minha mãe não falou de mim pra você, mas eu não tenho culpa que nasci sem a presença de um pai.

- Eu só quero entender porque Maria fez isso comigo. Ela deveria ter me contado antes de cometer as atrocidades e ter sido presa, por conta de um assassinato. – Declara Daniel, sério.

- Nem eu entendo porque ela faleceu. Não consigo aceitar que minha mãe morrera naturalmente.

- O dia que sua mãe morrera, eu estava com ela.

Os olhos de Gabi se arregalam.

- Sua mãe tentou matar Gisele, minha mulher hoje em dia e ela morreu em meus braços.

- Você a matou? – Pergunta Gabi, séria.

- Jamais mataria a sua mãe. Ela mesma se matou acidentalmente. Sua mãe enfiou a própria tesoura no peito. – Diz Daniel, sem nenhuma emoção deixando Gabi atordoada.

- Ela jamais faria isso.

- Se você não acredita, procure a minha mulher. Ela vai dizer a mesma coisa pra você!

Gabi pega a sua bolsa rapidamente e sai da sala em imediato, batendo a porta com toda a força e deixando todos assustados. Em seguida, Drica entra e pergunta:

- Daniel, o que houve aqui?

- Drica, parece que um vendaval entrou nessa sala de repente e acabou com meu dia. – Diz ele, sério.


Valentim fica assustado e sai do veículo com as mãos na cabeça conforme foi determinado, totalmente confuso enquanto a polícia aborda a cliente, e remexe na bolsa dela, encontrando em seguida várias pedras de cocaína.

- Achamos o pacote, oficial! - Diz um policial, fazendo a mulher ficar assustada.

A polícia averigua as drogas e Valentim fica perplexo.

- Eu não tenho nada a ver com isso. Nem conheço essa mulher! - Se defende o motorista.

- Isso é o que vamos ver na delegacia. Vocês dois estão presos! – Declara o policial, diante de Valentim e da cliente que pegou carona no carro de aplicativo.

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