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Oitavo Capítulo de Perdidos de Saudade

Algumas horas depois, Betina chega na casa de Beatriz e procura por Mateus.
- Ele não está aqui! - Responde a irmã logo de imediato.
- Como não está aqui? Ele veio pra cá.
- Betina, precisamos conversar sobre o Mateus.
- Aquele filho de uma égua está se escondendo da babaca aqui né?
- Não. Ele fugiu novamente.
- Eu não acredito em você. Você sempre foi uma songamonga. Agora mentirosa nunca ouvi dizer.
- Então, eu não posso fazer nada.
- Diz aonde ele está agora? Por favor, eu preciso saber.
- Acho melhor você se sentar primeiro, pois a nossa conversa vai demorar algumas horas. -Diz Beatriz firme.
Betina fica impaciente com a irmã.

Discussão

- Você tem mais ou menos duas horas pra ter essa conversa comigo. Duas horas!
- Não vai precisar de muito tempo não! Fica tranquila.
- Acho bom porque ainda tenho manicure e o peste desse menino desaparece de casa me deixando angustiada e num ataque de nervos. Delinguete!
- Olha aqui sua desavergonhada! Se você continuar maltratando o Mateus, eu a denuncio pra polícia.
Betina fica chocada.
- Você me chamou de quê?
- É isso mesmo que você ouviu. Você não tem um pingo de vergonha no meio desta cara! Eu estou cansada da sua frieza e do jeito que você maltrata o meu sobrinho.
Betina fica séria com as palavras de Beatriz.

Vera chega no condomínio e encontra a filha Martha tomando chá em frente à TV.
- Oi, filha. Como você está?
- Tudo bem, mãe.
- Que cara é essa? Posso saber? -Diz ela, percebendo sua expressão.
- Mãe, por que quer comprar a empresa de Rubens? Qual é a sua intenção? -Diz Martha séria.
- Que conversa é essa?
- É isso mesmo que a senhora ouviu.
- O Rubens esteve aqui?
- Não importa.
- Importa, sim. Eu sou dona dessa casa também.
- E se ele esteve? O que há de errado nisso?
- Eu já te disse que eu não o quero aqui dentro.
- Eu moro nessa casa também, mãe.
- Eu não permito! Se você exige a presença dele, arrume as suas coisas e saia de minha casa. Eu já lhe disse isso várias vezes.
- A senhora tem tanto ódio do Rubens que às vezes, eu chego a desconfiar.
- Desconfiar de que hein?
- Eu não sei. Tudo o que eu sei é que eu não vou ficar aqui por muito tempo, não. Eu vou encontrar uma casa pra mim. Não se preocupe!
- Martha, eu não queria que você me entendesse mal.
- Eu já disse que vou sair da sua casa. Eu entendi tudo.
- Você me deixou transtornada em relação ao Rubens.
- Sim, eu a deixei. Mãe, eu estou muito decepcionada com a senhora. Rubens é o meu melhor amigo.
- Eu sei que você tem um apreço por ele, mas saiba que eu não gosto da presença dele aqui nesta casa. Desculpe-me por ser tão franca!
- Nada vai desculpar o que a senhora acabou de me dizer aqui nesta sala.
- Filha, eu tive um dia cheio. Eu quero que me perdoe. Apenas isso.
- Eu também tive um dia cheio. Eu estou cansada, mãe. Eu quero descansar um pouco. Estou ficando louca. Entende-me?
- Eu sei como é estar assim. -Diz Vera.
- Não sabe, mãe. A senhora nunca perdeu um filho. A senhora jamais entenderia a minha situação.
- Eu sinto muito por tudo que lhe disse a você. Se você quer que o Rubens freqüente essa casa, eu não me importo mais. Desde que eu não o encontre, pra mim está ótimo.
- Eu ainda não entendi por que quer a empresa dele.
- Esse assunto não vai ser tratado aqui, filha. Você não entende de negócios.
- Eu sei que eu não entendo, mas o Rubens não pode perder a empresa, afinal, ela foi construída com suor.
- Você o defende muito, filha. Eu já disse que os negócios não são do seu interesse.
- É por isso que ás vezes, eu não sinto falta da sua presença aqui, pois nós duas sempre nos desentendemos. Mãe, se a senhora continuar querendo a empresa de Rubens, eu vou me chatear com a senhora e vou fazer de tudo para impedir qualquer ato seu.
- Nossos desentendimentos se devem ao Rubens, o causador de tudo. E o que está dizendo agora é tolice. Você jamais vai interferir nos meus assuntos, porque você não entende absolutamente nada do ramo empresarial.
­- Nisso, a senhora tem toda razão, mas eu posso aprender á lidar com assuntos referentes ao ramo que a senhora se especifica.
- Filha, mais uma vez peço desculpas e quero que saiba que estou disposta á refletir sobre a possibilidade de não comprar mais a empresa de Rubens, já que você exige tanto.
- Posso confiar na senhora?
- Que pergunta! Eu vou pensar muito á respeito e fique despreocupada.
Martha sente que suas palavras mexeram um pouco com a mãe e ela á vê sair porta afora.

Beatriz conversa com Betina sobre Mateus, agora numa situação mais calma.
- Desculpe se me excedi nas palavras com você. Mas você merecia ouvir algumas coisas. – Diz Beatriz.
- Tudo bem. Eu percebi que estava mais nervosa quanto eu.
- Dê um tempo ao Mateus. Vai ser melhor pra ele e pra você.
- Você quer que eu dê um tempo ao meu filho?
- Por que não? Ele não vai voltar tão cedo pra casa, enquanto você estiver por perto.
- Você está doida! Mateus é a minha vida.
- Não parece, Tina. Você o agride, fere qualquer relação de afeto com ele. Como ele pode ser a sua vida? Como um adolescente pode amar a mãe desse jeito? Ele está se tornando um rebelde á cada dia que passa.
- Eu amo o meu filho. Entendeu?
- Então, por que o faz roubar? Por que o torna um criminoso?
- Eu não peço pra ele roubar nada. -Diz ela, mentindo.
- Safada e mentirosa. Mateus não me esconde nada dos seus podres e eu lhe conheço perfeitamente minha irmã.
- Está bem. Eu cometo algumas bobagens sim. Admito.
- Tina, você deve provar o seu amor, seu carinho á ele. Prove que você o ama de verdade, para que ele possa amá-la também.
- Eu vou provar à ele. Onde ele está?
- Você me promete?
- Sim, minha irmã. -Diz ela, jurando.
- Me siga! -Diz a irmã, levando para o quarto.
Ao encontrá-lo, Mateus a olha com desprezo.
- Filho! Eu senti tanto a sua falta.
- Por que a trouxe aqui, tia?
- Ela quer se desculpar, Mateus. Ouça!
- Filho, vamos voltar pra casa. -Diz Betina tentando ser bondosa.
- Eu não volto mais pra aquela casa, entendeu! -Diz Mateus revoltado.
- Você não pode me abandonar desse jeito.
- Eu posso, sim, porque quem sabe da minha vida sou eu.
- Mateus, pega leve com ela. Ela está sofrendo. -Interfere Beatriz.
- Sofrendo? Quem sofre sou eu, tia. Ela é falsa.
Tina não suporta mais a ofensa e grita, brava.
- Acabou o show, mocinho! Eu sou a sua mãe e você me deve obediência.
- Você não é a minha mãe. -Ele fala alto com ela. - Você é uma meretriz! Uma aproveitadora!
Tina lhe dá um tapa em seu rosto e o joga contra o chão.


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