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Segundo Capítulo de Encontros Casuais



Ezequiel e Keyla aguardam na sala de espera quando a enfermeira traz a notícia maravilhosa.
- O seu neto acabou de nascer, senhor Ezequiel!
- Deus seja louvado! -Ele agradece, contente.
Keyla dá pulos de alegria.
Ezequiel telefona pra Téofilo e comunica o nascimento do neto, deixando todos felizes do outro lado da linha.
No quarto do hospital, a enfermeira entrega o bebê à Kathleen que ainda se sente emocionada.
- Aqui está ele! -Ela o envolve num lençol branco e põe nos braços da jovem, que se emociona.
- Meu filho! Como ele é bonito, perfeito!
- Ele tem sorte em ter uma mãe corajosa e forte como você. - Diz a cirurgiã ao lado, contente ao vê-la.
- Filho, eu prometo que vou cuidar muito bem de você. -Diz Kathleen, feliz da vida.

Sorridente

 Nesse ínterim, o telefone toca e D. Lurdes atende gentilmente.
- Alô, mãe! -Diz Fábio do outro lado da linha.
- Filho, quanta saudade! Como você está?
- Bem, mãe. E a senhora?
- Também, meu filho. Onde você está?
- Estou ainda em Alagoas, mãe.
- Você não mandou nenhuma notícia. Me deixou preocupada.
- Desculpe por não ter ligado antes. -Ele pede.
- Você é louco, filho. Você foi totalmente irresponsável pela situação de Kathleen.
- Mãe, a senhora sabe que eu não queria esse filho.
- É claro que eu sei oras, mas você devia pelo menos assumir a responsabilidade, né?
- Desculpa por ter deixado a senhora em maus lençóis com Ezequiel.
- Você devia ter evitado isso, filho. Mas eu não vou discutir mais esse assunto.
- Como a Kathleen está?
- Bem. Ela está no hospital agora e segundo me contaram agora há pouco, seu filho acabou de nascer.
- Que bom, mãe! Desejo sorte pra ela.
- Por que você não toma juízo agora e vem pra cá, pelo menos conhecer o seu filho.
- Acho que não seria uma atitude legal, mãe. Ezequiel está irado comigo.
- Ele não vai fazer nada contra você, meu filho. Ele só quer que você assuma o que fez. Apenas isso.
- Eu vou pensar, mãe. Eu vou ter que desligar agora. tenho uma festa pra ir.
- Filho, não esqueça de sua mãe! Pense no que eu te disse e vê se resolve logo esse pepino, que já estou farta dessa história.
- Tudo bem. Até! -Ele desliga. - E então vai rolar a festa mesmo na piscina? - Ele pergunta a um dos amigos que bebem cerveja e zoam na praia.
- Vai rolar sim e vai ter várias gatas!
- Tô dentro hein? Não esquece de me levar não. -Diz ele, sem sem preocupar com nada.

Um tempo se passa...
Na pequena cidade de São Lourenço - MG, Ezequiel traz as compras e encontra Vinícius chorando nos braços da mãe.
- Pai, ele está chorando muito. O que faço?
- Eu sei que é difícil, filha, mas você deve ser forte e preparada pra tudo o que vier.
- Se ao menos aquele traste estivesse aqui pra me ajudar. -Diz ela às lágrimas. - Filho, fica quieto! O que você quer, oras?
- Esqueça aquele safado, Kathleen! Ele jamais vai te procurar. Tente entender que ele não quer ser o pai dessa criança.
- Eu sei, pai, mas o meu filho não sabe.
- Por isso que eu acho melhor esquecer que ele existiu em sua vida. Por mim, o meu neto não vai conhecê-lo.
- Pai, ele tem direitos. Eu não posso negar que ele o veja. Sei que é chato, mas ele tem esse direito. Eu sei disso por que conheço uma amiga que também passou por isso.
- Esse problema já é seu, filha. Só não esqueça o que você está passando por causa dele. -Diz Ezequiel, saindo da cozinha.
Kathleen olha para o bebê e reflete sozinha.
- O que eu faço meu Deus?
E Vinícius não pára de chorar.

Ezequiel encontra D. Lurdes no portão.
- Vim falar com a Kathleen.
- Na cozinha. -Ele responde severo.
Kathleen encontra a mãe de Fábio na porta, encarada para o neto.
- Ele está bem? -Ela pergunta curiosa.
- Sim. Eu sou inexperiente demais pra isso. Ele não pára de chorar.
- Deixa eu pegá-lo! -Ela toma o neto nos braços. - Eu falei com o pai dele.
- Por favor, D. Lurdes, eu não quero que a senhora traga notícias sobre ele.
- Calma, Kathleen! Ele é o pai e têm direitos. Você sabe disso!
- Sim. Eu sei. -Ela responde.
- Ele pretende conhecer o menino.
- Só conhecer? - Ela se intriga.
- Não. Talvez, ele assuma a criança.
- Me desculpa, mas eu não quero que ele faça isso. Ele tem esse direito por lei, mas eu não quero.
- Você ainda gosta do meu filho?
- Não. O meu sentimento por ele acabou no momento em que ele me deixou na mão.
- Eu sinto muito que o meu filho tenha feito essa bobagem, mas eu conversei com ele e ele pretende mudar.
- D. Lurdes, eu não quero ter nenhum tipo de mágoa com o Fábio. Tudo o que eu quero é apagar ele da minha vida. Apenas isso! -Diz ela, determinada. - Meu filho vai crescer e não saberá de nada a respeito do pai.
- E eu Kathleen? Eu gosto muito do Vinícius. Sou avó dele e você não pode me impedir de vê-lo. -Diz ela séria.
Kathleen fica pensativa por alguns instantes e diz:
- Eu sinto muito, mas eu não quero que o seu filho se sinta obrigado a assumir algo que ele deixou bem claro no passado que não assumiria. Ele pode ver o Vinícius, mas eu não quero que ele assuma.
- Mas seu pai diz o contrário e eu concordo com ele. Fábio é o pai dessa criança. Ele deve assumir a responsabilidade sim. -Diz D. Lurdes sensata.

Semanas depois, Fábio reaparece no bairro e encontra Ezequiel, que fica bravo ao vê-lo.
- Finalmente, nós nos encontramos!
- Ezequiel, eu vim em paz!
- Eu não quero brigar com o pai do meu neto. Apenas quero dar um conselho: jamais procure a minha família de novo!
- Eu quero ver o Vinícius.
- Quem é você pra ter esse direito?
- Pai, deixa ele! - Interfere Kathleen. -Deixa ele ver o filho!
- Kathleen, que bom que você não sente mágoa de mim.
- Como você sabe, Fábio? Você não conhece o meu pensamento.
Kathleen pede pra ele entrar e ele aceita.
- Hei, Vinícius! Sou eu, o seu pai. -Ele diz ao menino que não entende nada no que ouve.
- Ele tem cinco meses! -Diz Kathleen.
- Ele é muito bonito. Você escolheu o nome?
- Sim. -Ela responde. -Acho que precisamos conversar!
- Claro. -Ele diz.
Bem afastado de todos, Kathleen tem a chance de reunir a família ao lado do ex, mas os seus planos não eram o que esperava.
- Você quer o Vinícius? -Ela se desespera.
- Isso mesmo. Eu voltei pra buscá-lo e entrarmos num acordo.
- Então, volte pra Alagoas sozinho, porque o meu filho não vai contigo.
- Kathleen, eu tenho uma ótima estabilidade. Eu posso dar boas condições pra Vinícius. Eu tenho meios de criá-lo.
- Eu não vou aceitar o seu acordo e ponto final. Eu estou cuidando muito bem do Vinícius sem a sua ajuda e você não vai tirá-lo de mim.
- Bem, você venceu por enquanto. Eu não vou desistir do meu filho.
- Nem eu, Fábio. -Diz ela, sem medo. - Você pode tentar de tudo, mas eu vou mover céus e terras pra garantir que o meu filho fique do meu lado. Eu sei que eu vou sofrer, mas estou decidida à enfrentar tudo com a cabeça erguida.
Fábio aceita aquela ousadia e sai porta afora.

Os meses foram passando e Kathleen foi aprendendo a difícil lição de criar um filho sozinho. Vinícius foi crescendo aprendendo com a mãe, o avô e a sobrinha. Fábio viajara pra Alagoas novamente e fez a sua vida. Antes, ele registrou o filho e seguiu seu destino ao lado da mãe, que também fora morar por lá.
Numa bela tarde, Kathleen passeia com o filho no supermercado, que agora tem cinco anos de idade. Kathleen tem vinte e quatro anos atualmente e Sheyla, uma amiga a acompanha no passeio.
- Kathleen, se você reencontrasse o seu antigo paquera, o que faria?
- Sheyla, não sonhe com isso! Faz muito tempo. Hoje, ele deve estar casado e com filhos.
- É apenas uma suposição. -Diz a loira jovem de vinte e sete anos, magra e olhos azuis claros.
- Tudo bem. Eu o cumprimentaria e contava o que foi a minha vida nos últimos tempos.
 - Não. Assim você exagera. O certo seria: eu cumprimentaria e perguntava o que faz da vida atualmente.
- Vamos voltar pra realidade, ok! Ele jamais me encontraria de novo. Talvez, ele nem se lembraria de mim. Nossas vidas mudaram muito desde o tempo da escola. -Diz ela, puxando o menino pelo braço e esbarrando num rapaz alto moreno e de óculos escuros, na porta do supermercado. -Desculpa, moço! -Ela fixa seus olhos aos dele. -Você?
O rapaz a encara fixamente, desconhecendo-na.

Que incrível


Próximo Capítulo: 03/05 (20hs)

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